Arsenal de Guerra do Exército

Justiça torna réus militares envolvidos em furto de armas de quartel em SP

Das 21 armas que desapareceram, treze eram metralhadoras calibre 50, com capacidade para derrubar aeronaves, e oito eram calibre 7,62

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O crime ocorreu durante os desfiles de 7 de setembro de 2023, mas só foi descoberto no mês seguinte (Foto: Reprodução/Instagram @PerfilBrasil)

A Justiça Militar da União acusou oito suspeitos de envolvimento no roubo de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército, localizado em Barueri (SP). Dentre esses, quatro são militares e quatro são civis. 

Os réus incluem o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, ex-diretor da unidade, e o primeiro-tenente Cristiano Ferreira. Ambos enfrentam acusações de peculato e negligência. 

Além da alta cúpula, os cabos Vagner da Silva Tandu e Felipe Ferreira Barbosa também são acusados de participação direta no furto das armas. Eles foram detidos na última sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024, por ordem da Justiça Militar. 

Os outros quatro réus são civis associados ao grupo Comando Vermelho. As penas para esses crimes variam de três meses a quinze anos de prisão. Até o momento, dezenove armas foram recuperadas. 

O crime ocorreu durante os desfiles de 7 de setembro de 2023, mas só foi descoberto no mês seguinte. Durante uma contagem, os militares constataram o desaparecimento das armas. 

Das 21 armas que desapareceram, treze eram metralhadoras calibre 50, com capacidade para derrubar aeronaves, e oito eram calibre 7,62. 

Após a descoberta do furto, 480 militares, incluindo praças e soldados, foram impedidos de sair do quartel de Barueri. O Exército também aplicou punições a 38 agentes envolvidos no roubo dos armamentos. Esse incidente representa o maior desvio de armas registrado pelas Forças Armadas desde 2009. Segundo o Instituto Sou da Paz, entre janeiro de 2015 e junho de 2020, 27 armas do Exército foram desviadas no Brasil. 

Das 21 armas furtadas, 19 foram recuperadas. Dessas, 10 foram encontradas abandonadas em veículos no Rio e 9 foram recuperadas após um tiroteio entre a Polícia e criminosos na Grande São Paulo. No entanto, duas ainda estão desaparecidas. 

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