Hotel invadido

Reunião acaba sem acordo e invasores prometem resistir

Governo tentou negociar a saída dos invasores, mas sem sucesso

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A reunião entre representantes do governo do DF e de manifestantes que invadiram o Hotel Saint Peter acabou sem acordo. Eles se encontraram na manhã desta sexta-feira (18) para negociar a saída do grupo. São cerca de 500 pessoas, entre eles 90 crianças, instalados no prédio, no Setor Hoteleiro. Com barricadas ao redor do prédio, os invasores prometem resistir a qualquer tentativa de desocupação.

Os manifestantes fazem parte do Movimento Resistência Popular, que estiveram acampados por cerca de dois meses em frente à Secretaria de Fazenda, no Setor Bancário Norte. Entre as reivindicações estão a continuidade do pagamento do auxílio-aluguel, um terreno para que as famílias sejam assentadas e que sejam incluídas em programas de moradia do governo.

Eles receberam o benefício do auxílio-aluguel por um ano, prazo máximo oferecido. O GDF pediu que as famílias sejam cadastradas, assim poderão saber se elas têm direito a participar de algum programa do governo.

Reintegração de Posse

Os manifestantes invadiram o hotel na madrugada da última segunda-feira (14). No mesmo dia a Justiça determinou a reintegração de posse. Com um plano de ação pronto, a Polícia Militar preferiu esperar o governo concluir reuniões sobre o assunto. Ainda não há um prazo para a retirada dos invasores, que ocuparam pelo menos sete andares do prédio.

Na terça-feira (15), eles receberam mantimentos. Do lado de fora do hotel, na área da piscina, chegaram a soltar rojões e coquetéis molotov ao som de gritos de ordem.

Fechado

O Hotel Saint Peter está com as portas fechadas desde março deste ano após decisão judicial. A ordem de despejo, pelo Tribunal de Justiça do DF, ocorreu no meio do expediente e obrigou o remanejamento de hóspedes. O motivo foi reajuste de valores referente ao aluguel do imóvel.

Foi neste mesmo hotel que, em setembro do ano passado, um homem fez um funcionário refém. Ele ameaçou explodir uma bomba no local. Outro assunto que ganhou a mídia foi a oferta de emprego ao ex-ministro José Dirceu. O dono do hotel ofereceu uma vaga ao condenado no escândalo do mensalão com um salário generoso de R$ 20 mil como gerente. 

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