Paralisadas

Reduto de Motta acumula obras inacabadas com suas emendas

Ele está prestes a se tornar o mais jovem presidente da Câmara

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Deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB). Foto: Cleia Viana/Câmara
Deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB). (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados).

O reduto político do deputado federal Hugo Motta (Rep-PB), aglomera obras inacabadas, financiadas com verba de emendas do parlamentar.

Em 2011, durante seu primeiro mandato como deputado federal, Hugo Motta destinou R$ 2 milhões para a construção do Teatro Municipal de Patos, na Paraíba.

Na época, o prefeito era seu pai, Nabor Wanderley, e sua avó, Francisca Motta, sucedeu-o no cargo. Juntos, eles representavam o PMDB, e os R$ 2 milhões correspondem a 67% do orçamento total do projeto, que era de R$ 3 milhões.

Quatorze anos depois, Motta se destacou na política e está prestes a se tornar o mais jovem presidente da Câmara dos Deputados.

A construção do teatro, porém, continua paralisada devido a problemas de financiamento e gestão. A obra começou entre 2013 e 2014, mas foi interrompida em 2016, quando Francisca foi afastada por questões judiciais ligadas a corrupção.

O Ministério Público Federal (MPF) investigou a paralisação das obras, mas o inquérito foi arquivado. O Tribunal de Contas da Paraíba encontrou irregularidades e encaminhou o caso ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Em janeiro de 2023, o jornal Folha de São Paulo, constatou que a obra estava cercada e sem sinais de progresso, gerando críticas e desapontamento entre a população.

Além do teatro, Hugo Motta também foi responsável por emendas que financiaram outros projetos, como a Vila Olímpica e o Centro de Iniciação ao Esporte, que não foram concluídos.

As obras, que deveriam ser entregues até as Olimpíadas do Rio em 2016, estão abandonadas ou apenas parcialmente iniciadas, com o Governo da Paraíba tentando resgatá-las por meio de novos convênios.

Apesar das falhas na execução de obras, Motta continua a garantir verbas para novos projetos, como uma emenda de R$ 17,3 milhões para o Terreiro do Forró em Patos.

No entanto, a cidade enfrenta um histórico de promessas não cumpridas, levando à desconfiança da população em relação à gestão pública e à destinação dos recursos federais.

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