Prevenção à pandemia

Prefeitura impede acesso à orla de Maceió com grades e fitas de isolamento

Medida garante cumprimento de decreto estadual, que prevê prisão por descumprimento

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Grades cercam a orla de Maceió para impedir acesso às praias. Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Prefeitura de Maceió iniciou na tarde de ontem (6) a instalação de grades e fitas de isolamento que impedirá o acesso a uma extensão de cerca de 10 km de sua orla urbana. A medida atende à proibição de circulação de pessoas no litoral da capital alagoana, constante no Decreto Estadual nº 69.722, publicado na última terça-feira (5), como forma de prevenir a proliferação da covid-19. E pode resultar em prisão por descumprimento.

Alagoas acumula 89 mortes e 1.703 registros de pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus. Dos alagoanos diagnosticados, 1.358 moram em Maceió. Em apenas 20 dias, estado teve um crescimento de mais de 1500% nos casos do novo coronavírus, passando de 110 casos em 17 de abril para 1.703 casos registrados no último boletim epidemiológico divulgado na tarde de ontem. No mesmo período, as mortes saltaram de 7 para 89.

O decreto assinado pelo governador Renan Filho (MDB) veda o acesso a calçadões, praias, avenidas, alamedas e beira de rio. Não sendo permitida ainda a permanência e a prática de atividades físicas na orla, bem como nas demais áreas públicas de todo o estado.

Veículos também não podem estacionar ao longo das orlas marítimas ou lagunares, exceto para moradores da região. E serão instaladas placas nos locais onde há a proibição, informando sobre as medidas.

A Prefeitura de Maceió explicou que a empresa LCS Montagem e Eventos, utilizada para instalar as grades, já era contratada do município por meio de ata de registro de preços para prestação de serviços ao Cerimonial e à Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac). E disse que, através desse contrato, pode prestar serviços a qualquer órgão municipal.

Por causa de boatos de que a empresa seria de uma parente do governador, a Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) esclareceu que, apesar de a proprietária da empresa, Taciana Cledjan Calheiros da Silva, ter o sobrenome de Renan Filho, não há qualquer grau de parentesco com o chefe do Executivo Estadual.

Em entrevista ao G1, o coordenador de Segurança Comunitária da Guarda Municipal, Rubem Izidoro, reforçou que quem descumprir as medidas, poderá ser punido. “Num primeiro momento a determinação é que seja feita a orientação ao pessoal e retirada do pessoal dessa situação de risco. Mas o decreto permite inclusive que você faça o auto de prisão dessa pessoa e encaminhe para a delegacia”, disse a autoridade municipal.

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