Investigada

PPL abre processo de expulsão da deputada Telma Rufino

Definição ocorreu após o PPL tomar ciência do inquérito

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A deputada distrital Telma Rufino está em maus lençóis. A Executiva Nacional do Partido Pátria Livre (PPL), do qual a parlamentar pertence, esteve reunida no último dia 8 de maio, em São Paulo, e decidiu, por unanimidade, dar início a processo de expulsão da filiada. Ela é investigada na Operação Trick, da Polícia Civil.

"A Executiva Nacional verificou que constam nos autos fortes evidências de desvio de conduta e favorecimento indevido, demonstradas sobretudo pelas inúmeras gravações telefônicas autorizadas pela justiça, que expõem sua associação com o sr. Edigard Enéas da Silva, identificado como responsável pelas empresas de fachadas que lesaram o Banco do Brasil, através de empréstimos fraudulentos que montam a R$ 40 milhões", anota o comunicado de abertura do processo, assinado pelo presidente nacional do PPL, Sérgio Rubens de Araújo Torres, e pelo secretário Nacional de Organização do PPL, Miguel Manso.

O documento, encaminhado em anexo, afirma também que, "diante das evidências de desvio de conduta e beneficiamento indevido", a ação de Telma Rufino causa "grave prejuízo ao partido". O processo foi encaminhado à Comissão Nacional de Ética para os devidos trâmites e sua comunicação para Telma Rufino, que, de acordo com os termos do estatuto do partido, terá amplo direito de defesa.

A Executiva Nacional do PPL decidiu ainda "suspender preventivamente e por um prazo de 60 dias das funções partidárias e da vice-presidência do Diretório do Distrito Federal" a filiada Telma Rufino. Na referida reunião do dia 8 de maio, em São Paulo, o presidente do PPL-DF, Marco Antonio Campanella, apresentou seu pedido de licença da presidência regional, para cuidar plenamente de sua defesa junto ao processo em curso.

Operação Trick

Em 30 de abril, a Polícia Civil do DF cumpriu um total de 36 mandados de busca e apreensão e 32 mandados condução coercitiva (quando o suspeito é levado à delegacia para depor). A operação investiga um esquema de roubo de dinheiro público e de lavagem de dinheiro que podem chegar a R$ 100 milhões. Entre os investigados estão a deputada Telma Rufino e o ex-diretor do DF-Trans Marco Antoni Campanela, ambos filiados ao PPL.

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