Operação Politéia

Polícia Federal apreende documentos da Organização Arnon de Mello

Agentes deixaram o prédio com um malote preto

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Na manhã dessa terça-feira (14) agentes da Polícia Federal (PF) foram à sede da Organização Arnon de Mello (OAM), localizada no bairro do Farol, na parte alta da capital alagoana e confiscaram documentos da direção executiva da empresa. Neste mesmo edifício funcionam a TV Gazeta, filiada da Globo em Alagoas, a redação do Jornal Gazeta de Alagoas, a Gazetaweb e o G1 Alagoas.

Os agentes deixaram o prédio acompanhados do Superintendente da PF em Alagoas, o delegado André Coelho e não quiseram gravar entrevista. Com eles um malote preto contendo todo o conteúdo apreendido da OAM.

Após a ação policial o diretor jurídico da empresa, Djalma Mello, se pronunciou à imprensa. "A OAM cumprindo uma determinação judicial superior, apresentou a documentação solicitada pela Polícia Federal. Foram documentos da empresa, só isso que tenho a falar", declarou ele.

Essa operação batizada de Politeira, é um segmento da Operação Lava Jato, que investiga políticos elvolvidos em suspostos crimes de corrupção.

Por meio de sua assessoria o senador Fernando Collor (PTB) se pronunciou sobre o cumprimento dos mandados de busca e apreensão ligados a ele. Leia a nota na íntegra:

"A defesa do Senador Fernando Collor repudia com veemência a aparatosa operação policial realizada nesta data em sua residência. A medida invasiva e arbitrária é flagrantemente desnecessária, considerando que os fatos investigados datam de pelo menos mais de dois anos, a investigação já é conhecida desde o final do ano passado, e o ex-presidente jamais foi sequer chamado a prestar esclarecimentos.

Ao contrário disso, por duas vezes o Senador se colocou à disposição para ser ouvido pela Polícia Federal, sendo que nas duas vezes seu depoimento foi desmarcado na véspera. Medidas dessa ordem buscam apenas constranger o destinatário, alimentar o clima de terror e perseguição e, com isso, intimidar futuras testemunhas.

A medida invasiva traduz os tempos em que vivemos, em que o Estado Policial procura se impor ao menoscabo das garantias individuais seja do ex-Presidente, do Senador da República, ou do simples cidadão. Afinal, se nem os membros do Senado Federal estão livres do arbítrio, o que se dirá do cidadão comum, à mercê dos Poderes do Estado."

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