Operação Ptolomeu

PF prende em Rio Branco a chefe de gabinete do governador do Acre

Rosângela Gama foi presa por ordem do STJ, por suspeita de obstruir operação contra Gladson Cameli

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Rosangela Gama, a chefe de gabinete do governador do Acred, Gladson Cameli - Foto: redes sociais.

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quarta-feira (22), em Rio Branco, a servidora Rosângela Gama, chefe do gabinete do governador do Acre, Gladson Cameli (PP), na segunda fase da Operação Ptolomeu. A prisão foi determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), após a PF identificar um conluio de servidores públicos para tentar destruir provas e obstruir a investigação de um esquema de corrupção e teve como um dos alvos o governador do Acre.

Segundo a PF, o conluio contra a investigação foi identificada após a deflagração da primeira fase da operação, no último dia 16. E, diante da gravidade dos fatos ocorridos, o STJ decretou a prisão preventiva da chefe de gabinete de Cameli, além da imediata instauração de novo inquérito policial, visando a apuração do crime de obstrução de investigação de organização criminosa.

Por ordem ainda do STJ, policiais federais cumprem hoje cinco mandados de busca e apreensão, na cidade de Rio Branco, em endereços relacionados aos envolvidos no embaraço às investigações.

R$ 800 milhões movimentados

Na primeira fase da Operação Ptolomeu, o STJ determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 7 milhões nas contas dos investigados, além do sequestro de veículos de luxo adquiridos com o proveito dos crimes, que envolve servidores públicos e empresários. Na investigação, foi possível constatar que os valores movimentados pelos envolvidos ultrapassam R$ 800 milhões, montante totalmente incompatível com o patrimônio e a atividade empresarial dos investigados.

A Polícia Federal reuniu vasto conjunto de elementos probatórios que demonstram o aparelhamento da estrutura estatal, com a finalidade de promover diversos crimes contra a administração pública. Nesse sentido, foram identificadas dezenas de transações financeiras suspeitas em contas correntes, pagamentos de boletos de cartão de crédito por pessoas interpostas, transações com imóveis de alto valor e aquisições subfaturadas de veículos de luxo.

Verificou-se, ainda, a prática constante de altas movimentações de valores em espécie, inclusive com uso do aparato de segurança pública. A CGU apurou que as empresas envolvidas possuem um grande volume de contratos com o poder público. O valor total empenhado para sete empresas foi de 142 milhões de reais durante o período analisado, sendo 17 milhões oriundos de convênios federais e repasses do SUS e do Fundeb. (Com informações da Comunicação Social da PF no Acre)

 

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