Lava Jato prossegue

PF investiga esquema de corrupção em antiga diretoria da Petrobras

Operação busca provas da organização criminosa na estatal, que colabora com as investigações

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Foto: Arquivo/ABR

A Polícia Federal deflagrou hoje (18) a Operação Sem Limites VI, para cumprir três mandados de busca e apreensão, no Rio de Janeiro (RJ), para aprofundar as investigações da Lava Jato sobre práticas criminosas cometidas na antiga Diretoria de Abastecimento da Petrobras, especificamente na Gerência Executiva de Marketing e Comercialização do órgão da estatal. E a Petrobras afirma que colabora com as investigações.

Aproximadamente 12 policiais federais cumprem os mandados expedidos pela 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba (PR). E ainda foram expedidas ordens para bloqueio de valores até o limite dos prejuízos identificados até o momento.

As ordens judiciais cumpridas hoje, que integram o conjunto de investigações da Operação Sem Limites, buscam elucidar a prática dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa por novos sujeitos identificados.

A apuração decorre da 57ª fase da Operação Lava Jato, no final de 2018, cujo objetivo inicial foi cumprir prisões e buscas e apreensões de integrantes de organização criminosa responsáveis pela prática de crimes, envolvendo a negociação de óleos combustíveis e derivados entre a estatal e trading companies estrangeiras.

Desde então, a PF e o Ministério Público Federal (MPF) aprofundaram as investigações dos esquemas criminosos, já tendo ocorrido o cumprimento de relevantes medidas cautelares para coleta de provas, no âmbito de outras quatro operações dentro desta linha investigativa.

Segundo diligências policiais e provas apresentadas por colaborador da Justiça, foi possível identificar a participação em fatos criminosos de um estrangeiro, representante de interesses de trading companie internacional junto à estatal brasileira, assim como de um nacional ligado a um ex-gerente da estatal responsável por receber recursos de corrupção no exterior, com uso de contas em nome de offshore, e sua posterior distribuição aos envolvidos  no esquema criminoso.

O aprofundamento investigativo ainda permitiu identificar dois brasileiros envolvidos com outro ex-funcionário da área comercial, com o qual obtinham informações privilegiadas sobre negociações da estatal e tratavam de operações comerciais em que poderiam obter vantagens indevidas.

A Polícia Federal segue nas investigações para identificar e responsabilizar os suspeitos de atentarem contra a estatal.

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