Passageiro do serviço Uber relata confusão com taxista

A confusão entre taxistas e motoristas do aplicativo Uber parece não ter fim. Na madrugada desta quinta-feira (6) nova briga entre as categorias foi registrada. O bate-boca começou após o motorista particular buscar um homem em uma festa, no Setor Bancário Sul, por volta das 3h30. Segundo o passageiro, Rodrigo Brito, durante a ligação, o motorista havia pedido para que ele entrasse no carro no fim da rua, para evitar transtornos.

Assim que entrou no carro com um amigo, Rodrigo conta que um taxista fechou o carro em que estavam. “Imediatamente mandou descer, bateu no carro, chamou de pirada. Ele pediu para sairmos”, disse. “Nesse momento, chegaram outras pessoas, que se revoltaram com o taxista, xingaram ele, mandaram que tirasse o carro da frente. Uma pessoa entrou no carro do taxista e tirou o carro da frente. Gritavam para que o taxista melhorasse o serviço. E fomos embora”, contou.

Rodrigo conta que ficou assustado com a reação do taxista. “Fiquei impressionado. É surreal, inacreditável não poder escolher onde quero ir. O medo que passei próximo a essas pessoas (taxistas), não quero estar perto delas de jeito nenhum”, completou, mostrando que não pretende mais andar de táxi.

Governador veta projeto de lei

Na manhã desta quinta-feira (6), o governador Rodrigo Rollemberg anunciou o veto ao projeto de lei que proíbe a utilização de aplicativos de transporte individual remunerado, como o Uber. Rollemberg afirmou que vai abrir um debate com a sociedade para regulamentar o serviço.

Durante o anúncio, o governador informou que será promovido um “amplo debate” pelos próximos 90 dias para buscar uma regulamentação. “Sabemos das novas tecnologias, não podemos fechar os olhos para essa realidade, mas ela precisa ser regulamentada para que possa funcionar de forma legal. Até lá, apenas o serviço regulamentado poderá trabalhar normalmente”, disse. Em relação à violência com que os taxistas vêm agindo em relação ao Uber, Rollemberg garantiu que não será permitido. “Não admitiremos qualquer tipo de violência. Seremos rigorosos”, completou.