Safra brasileira

Pandemia do coronavírus afeta produção rural, mas agricultura segue forte

Agricultores garantem que 'a segurança alimentar está garantida'

acessibilidade:
Os dados são de um levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA). Foto: Agência Brasil.
O Brasil já passou de 2.900 casos confirmados do novo coronavírus e, infelizmente, 77 mortes até esta quinta-feira (26). Os governos federal e local estão tomando medidas para frear o avanço da pandemia pelo Brasil. Mas uma área que não chama atenção por ser mais discreta, apesar de essencial, é o agronegócio.
Por todo o país, comércios estão fechados e apenas serviços básicos estão abertos. O agronegócio, porém, está a todo vapor. Segundo Jeferson Rocha, diretor jurídico da Associação Nacional de Defesa dos Agricultores, Pecuaristas e Produtores de Terra (Anda Terra), a atividade não cessou. “Apesar da crise, a atividade de produzir alimento é essencial e a legislação assegura o mínimo de funcionamento das nossas máquinas. Entrepostos, cerealistas, cooperativas, portos e estradas estão em pleno funcionamento. Não tem entrave”, explica o representante.
O produtor diz que entrega de combustíveis, no entanto, por conta da quarentena, tem começado a dificultar e chegar depois, “mas depois de 15 dias”, acredita ele, “tudo volta ao normal e o Brasil terá a retomada da economia”.
A safra brasileira 2019-2020 varia de estado para estado. No Sul, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, por exemplo, passou por seca, que reduziu a produtividade. A safra de agora teve quebra de cinco a oito sacas por hectare. No RS a perda foi mais intensa. Foram de 20 a 30 sacas de soja. Em SC, estão colhendo 60 sacas, considerada baixa para o período, em função da falta de chuva.

Segundo a Anda Terra, no Paraná, por outro lado, a safra está muito boa e o estado é o que está melhor na região. A produtividade está em alta. E os produtores estão colhendo as maiores safras dos últimos tempos.

Jeferson Rocha garante que, apesar da pandemia e do recuo da produção, a população pode ficar tranquila. “A segurança alimentar está garantida. O produtor rural está colhendo a safra, vendendo boi, tirando leite. O Brasil é um dos maiores exportadores de comida do mundo. Somos cinco milhões de famílias responsáveis por alimentar 1,5 bilhão de pessoas com a agricultura”, declara.
Reportar Erro