Bahia

Operação prende juiz aposentado e sete por fraudes milionárias

3ª fase da Operação Inventário foi deflagrada nesta terça na Bahia e Sergipe

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Juiz aposentado Rosalino dos Santos Almeida foi denunciado e preso no âmbito da Operação Inventário. Foto: Divulgação

O Ministério Público da Bahia (MPBA) deflagrou nesta terça-feira (7) a terceira etapa da Operação Inventário, batizada de Turandot, e prendeu o juiz aposentado Rosalino dos Santos Almeida, mais sete alvos de mandados de prisão preventiva decretados pela 1ª Vara Criminal de Paulo Afonso. Os presos são réus, acusados de fraudes milionárias em processos judiciais em trâmite na comarca de Paulo Afonso, no Norte da Bahia.

A investigação conduzida pelo Gaeco do MPBA apura as fraudes supostamente praticadas por organização criminosa formada pelo magistrado aposentado, advogados, serventuários e particulares. Das oito pessoas presas, três foram encontradas em Salvador, quatro em Paulo Afonso, e uma na capital sergipana, Aracaju.

O juiz aposentado Rosalino responde a processos administrativos disciplinares no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). E foi magistrado por quase 30 anos em Paulo Afonso.

As denúncias oferecidas pelo Gaeco e já recebidas pela Justiça relatam que um dos presos movimentou mais de R$ 50 milhões em recursos não declarados, sendo um dos principais responsáveis por forjar alvarás de inventário fraudulentos na organização criminosa. Parte do montante, apontam as investigações, foi repassada por meio do uso de “laranjas” e, inclusive, destinada para compra de imóveis de luxo na Flórida, nos Estados Unidos, avaliados em mais de R$ 5 milhões. Durante as investigações, foram identificados diversos saques em espécie em valor acima de R$ 100 mil.

A terceira fase da Operação Inventário é fruto de esforço conjunto do MP da Bahia, por meio do Gaeco; da Polícia Civil, por meio da 18ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin – Paulo Afonso); e da Polícia Militar, por meio do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Grupamento Aéreo (Graer). Também contou com o apoio da Força-Tarefa de combate a crimes praticados por policiais civis e militares, das Corregedorias da Secretaria de Segurança Pública da Bahia e da Polícia Militar, do Gaeco do Ministério Público de Sergipe e da Ordem dos Advogados do Brasil.

O Diário do Poder não conseguiu contato com o juiz aposentado preso na operação. Mas segue à disposição para a exposição de seus esclarecimentos.

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