Usuário Fake

Operação no Rio combate grupo suspeito de extorquir políticos com notícias falsas

MPRJ e Polícia do Rio prendem líder de organização que extorquia vítimas atacadas nas redes

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Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) deflagraram nesta segunda-feira (21) a Operação Usuário Fake, para cumprir um mandado de prisão preventiva e oito de busca e apreensão contra uma organização criminosa responsável pela prática dos crimes de extorsão, delitos contra a honra falsidade ideológica e uso de documentos falsos, através da divulgação de notícias falsas na internet. Os alvos preferenciais eram políticos.

Os mandados, expedidos pela 1ª Vara  Especializada da Comarca da Capital, são cumpridos em endereços ligados a seis denunciados. Tendo sido Igor Patrick de Souza o único a ter a prisão deferida pelo Juízo, sob a acusação de se utilizar da divulgação de notícias falsas em redes sociais para, desde 2017, extorquir e cometer crimes contra a honra de suas vítimas.

Segundo a denúncia oferecida por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), sob liderança de Igor Patrick Souza, Felipe Dias Dodó, Andressa Aline Pimentel de Carvalho, Rodrigo Menezes de Vasconcellos, Danyella Jesus da Silva e Sinaria de Carvalho da Silva desenvolvem suas atividades através de duas pessoas jurídicas, a Folha de Caxias e a Informarketing Publicidade, responsáveis pela publicação de notícias jornalísticas em redes sociais, em especial o Facebook, e pelo trabalho de marketing digital e político, administração de redes sociais e remoção de conteúdos negativos na internet.

O MPRJ denuncia ainda que, em algumas de suas publicações no Facebook, as empresas divulgam notícias falsas e/ou sem base fática, atacando a honra de suas vítimas. As referidas publicações norteiam, segundo o MPRJ, o crime posterior de extorsão, uma vez que, após os fatos, o grupo condiciona a remoção das notícias falsas ao pagamento de quantias, através da contratação de serviços de publicidade e remoção de conteúdo ou, até mesmo, cobrando pelo exercício do direito de resposta em suas próprias páginas, que possuem, por sua vez, milhares de seguidores, denotando especial gravidade às publicações. (Com informações da Comunicação do MPRJ)

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