Crimes fiscais em Alagoas

Operação combate sonegação de R$ 45 milhões na rede de lojas Sapato’s

Alvos da Operação Talaria são empresas da rede alagoana e seus sócios

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Policiais e o promotor de Justiça Cyro Blatter, na Operação Talaria, em loja da Sapato's, em Maceió. Foto: Ascom MPAL

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), deflagrou, nesta quinta-feira (10), em Maceió, a Operação Talaria, cujo objetivo é desarticular um esquema especializado no cometimento de fraudes fiscais com danos ao Tesouro de Alagoas que superam o montante de R$ 45 milhões. Os alvos da operação são empresas da rede de lojas Sapato’s e seus sócios.

Ao todo, foram expedidos 13 mandados judiciais, todos da 17ª Vara Criminal da Capital. Os mandados de busca e apreensão tiveram como alvos Paulo Roberto Miranda Brandão, Iraci Gomes Brandão, Comercial Magazine Sapatos Ltda, PRM Participações Societárias Eirelli, PRMB Comercial, além de outras pessoas físicas.

Além disso, a pedido do Gaesf, o Poder Judiciário alagoano também determinou o bloqueio de contas-correntes e bens móveis e imóveis de pessoas físicas e jurídicas investigadas..

Policiais cumprem mandados de busca da Operação Talaria, em loja da Sapato’s, em Maceió. Foto: Ascom MPAL

“Esta é uma investigação que se iniciou, lá atrás, com uma notícia-crime da Procuradoria-Geral do Estado e, após apurarmos a prática ilegal, preparamos a operação de forma minuciosa porque estamos falando de uma sonegação de impostos milionária”, informou o coordenador do Gaesf, promotor de Justiça Cyro Blatter.

A operação visa apreender veículos, documentos e aparelhos eletrônicos que serão analisados pelo Ministério Público, Secretaria de Fazenda, Polícia Civil e Instituto de Criminalística. E seu nome, Talaria, faz referência às sandálias aladas que são símbolo do deus grego Hermes e que permitiam aquele deus voar tão rápido como um pássaro.

Mais de uma década

De acordo com o Gaesf, as fraudes aconteceram por meio de operações de sonegação de impostos. “A apuração está próxima do fim e, tão logo seja finalizada, ajuizaremos a denúncia criminal contra os investigados, se for o caso”, acrescentou Cyro Blatter.

“Também é importante esclarecer que a Secretaria de Fazenda já adotou as providências cabíveis visando suspender a prática contumaz dessa sonegação e eventual lavagem de bens. Ficou evidenciado que o crime já venha sendo praticado há mais de uma década”, finalizou o coordenador do Gaesf.

O Gaesf é composto pelo Ministério Público de Alagoas, Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Procuradoria-Geral do Estado (PGE/AL), Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP) – por meio das Polícias Civil e Militar, e conta com o apoio do Instituto de Identificação, do Detran/AL e da Polícia Penal. (Com informações da Comunicação Social do MPAL)

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