Operação Drácon

OAB solicita ao TJDFT quebra do sigilo do inquérito dos grampos de Liliane Roriz

Para Couto é direito da sociedade ter acesso aos plenos fatos

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A Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF) solicitou ao desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), José Divino de Oliveira, a quebra de sigilo do inquérito que investiga, suposto, esquema de cobrança de propina no Governo do Distrito Federal (GDF).

A OAB ressalta que a denúncia da deputada distrital Liliane Roriz (PTB), “Narra fatos graves, acusa a então presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Celina Leão, de articular esquema de pagamento de propina e desvio de recursos de emendas parlamentares que seriam usados para o gerenciamento de propina e desvio de recursos de emendas parlamentares que seriam usados para o gerenciamento de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs)”.

O presidente da Ordem, Juliano Costa Couto destaca que os investigados ocupam os mais altos cargos da Câmara Legislativa, “sendo eles os representantes dos anseios da sociedade”. Frisa que a investigação gira em torno de suposta corrupção com dinheiro público, “que deveria ser empregado em prol da população, na melhoria da saúde e dos atendimentos hospitalares”.

Couto frisa que diante do inquestionável interesse público, o Conselho Seccional requer a quebra do sigilo. O pedido destaca que caso não seja esse o entendimento, o que se admite em respeito ao princípio da eventualidade, que seja fraqueado acesso dos autos pela própria OAB/DF. “É direito da sociedade ter acesso pleno aos fatos em apuração”.

Grampos na CLDF

No dia 19 de agosto, a deputada Distrital Liliane Roriz (PTB), alegando motivo de “foro íntimo” renunciou a vice-presidência da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Horas depois, veio à tona a divulgação dos grampos feitos pela distrital, que revelam um, suposto, esquema de propina na Câmara Legislativa envolvendo integrantes da Mesa Diretora da Casa, Celina Leão (PPS), Bispo Renato (PR), Raimundo Ribeiro (PPS), Júlio César (PRB), além do deputado Cristiano Araújo (PSD) que não integrava a Mesa e o ex-Secretário-Geral da Mesa Diretora, Valério Neves.

Nos áudios os parlamentares tratam do destino da sobra parlamentar de R$ 30 milhões. Inicialmente, a quantia seria utilizada para reforma de escolas públicas, mas com a recusa do empresário do ramo, em pagar propina, o deputados Cristiano Araújo encontrou outra finalidade para o recurso. Um “negócio” das UTIs com empresários da saúde.

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