Esquema em Belo Monte

Novo presidente do BRT do Rio foi executivo de empresa que pagou propina na Lava Jato

Luiz Carlos Martins participou de acordo de leniência da Camargo Corrêa sobre propina ao MDB

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A “longa experiência em gestão” levou o engenheiro Luiz Carlos Martins a se tornar presidente do sistema de empresas de ônibus que formam o Consórcio do BRT no Rio de Janeiro. Esta foi a justificativa dada pelas empresas para eleger o ex-executivo da construtora Camargo Corrêa que participou do acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF), envolvendo um esquema de propinas investigado pela Operação Lava Jato.

O acordo de leniência do qual o novo presidente do Consórcio BRT participou admitiu a existência de pagamentos de propinas feitos a integrantes do MDB, relacionados à construção da usina de Belo Monte, no estado do Pará.

Segundo reportagem de O Globo, Martins teria sido indicado pelo ex-presidente do BRT, Jorge Dias, devido aos laços de amizade. Mas seu antecessor negou a indicação do novo gestor do sistema de transporte, que tem carreira ligada a projetos da área de energia.

“Vamos olhar para frente, sempre abertos ao diálogo com o poder público e organizações técnicas e científicas de mobilidade urbana. Há muitos desafios para evoluirmos no que já foi construído, devolver aos passageiros o serviço que já foi referência de qualidade em todo o mundo e avançar na busca de uma cidade mais integrada”, disse Luiz Carlos Martins, através de sua assessoria.

O Consórcio BRT divulgou a seguinte nota sobre a escolha de seu novo presidente:

Após diversas análises e buscas no mercado corporativo, foram selecionados três nomes, dentre os quais o de Luiz Carlos, que foi escolhido pelo conselho da empresa devido a sua longa experiência em gestão.

Sua vivência em implantação de projetos de infraestrutura e Sociedades de Propósito Específico, como a que será criada em breve para substituir o consórcio, foi determinante para a escolha. (Com informações do G1 e O Globo)

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