Conselhos tutelares

No DF, houve dificuldades para escolher os conselheiros

Urnas não funcionaram, na eleição de conselheiros tutelares

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O motorista William Jackson Pereira, 26 anos, saiu cedo de casa para votar no candidato a conselheiro tutelar que escolheu. Depois de cerca de 40 minutos, voltava para o carro, mas sem conseguir votar. “A urna deu problema. Tentaram uma autorização para que eu pudesse votar de forma manual, mas não saiu nada até agora”, contou. “Vou tentar voltar mais tarde, mas isso dificulta muito as coisas. Já tenho outros compromissos marcados ao longo do dia.”

Ele não foi o único a enfrentar dificuldades para participar das eleições para conselheiros tutelares no Distrito Federal. A administradora Sara Cristina Rodrigues, 30 anos, precisou ir a dois pontos de votação até descobrir em que sala poderia votar. Após assinar a ata de abertura de uma das urnas e, portanto, ser a primeira a entrar, ela relata que se deparou com o equipamento já com uma votação em andamento, com os primeiros dois números de um candidato digitados.

“Saí de casa para exercer meu direito de votar e de escolher um conselheiro tutelar”, disse. “Quando consegui a liberação para entrar na sala, a urna não estava zerada como deveria estar. Me orientaram a cancelar e começar o voto de novo. Demorei cerca de 40 minutos para concluir todo o processo. As informações não estão claras para o eleitor e isso dificulta as coisas”, completou.

A militar Lecy Cristiane Ramalho, 37 anos, procurou o ponto de votação correto, mas não pôde votar no candidato que havia escolhido e precisou voltar para casa para pesquisar e escolher outro. “Não sabia que não podemos votar em um candidato de uma região diferente da que moramos. Está faltando muita informação. Tenho uma amiga que é conselheira há anos e sei da importância desse trabalho. Sempre que a gente precisa, ela nos dá uma força”, contou.

Já o marido da militar, o técnico em segurança do trabalho Galba Mota, 37 anos, desistiu de participar das eleições deste ano. “Meu título de eleitor é antigo e, por isso, meu local de votação para conselheiro tutelar é outro. Fica longe demais e eu não vou. Vou ter que ficar sem votar mesmo.”

O servidor público João Carlos de Souza, 58 anos, garante que está com as obrigações eleitorais em dia, mas não conseguiu autorização para votar em nenhum dos dois pontos que procurou. “Estou sendo impedido de votar. Já procurei a coordenação e me disseram que não estou cadastrado. Está sendo cessado o meu direito como cidadão”, disse, ao abordar o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg.

 

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