Corrupção

MP pede 450 anos de prisão à ex-primeira-dama de Campinas

Rosely Santos seria chefe de esquema de fraudes na Sanasa

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O Ministério Público pediu à Justiça pena máxima (450 anos de prisão) para a ex-primeira-dama e ex-chefe de Gabinete de Campinas, a 90 quilômetros de São Paulo, Rosely Nassim Santos.  O anúncio foi feito nesta terça-feira, 16. 

Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime (Gaeco) apontam Rosely como chefe de um suposto esquema de fraudes em contratos da empresa de saneamento, Sanasa, durante a gestão do prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos (PDT). O então prefeito se livrou da investigação porque na época tinha foro privilegiado. 

O MP também pediu a prisão do vice-prefeito de Hélio, também cassado, Demétrio Vilagra (300 anos), do ex-diretor de controle urbano Ricardo Cândia (400 anos), do ex-diretor técnico da Sanasa Aurélio Cance Júnior (400 anos), do ex-diretor Financeiro da empresa de saneamento Marcelo Figueiredo (400 anos); e 146 anos para José Carlos Cepera (empresário), Maurício Manduca (acusado de lobby) e Emerson Geraldo de Oliveira (acusado de lobby).

Outros empresários que são réus no caso, a promotoria aponta entre 21 e 71 anos de prisão. No caso do ex-secretário de Segurança Carlos Henrique Pinto, o pedido é de 3 anos. O MP ainda pediu o perdão judicial do ex-presidente da Sanasa e delator do suposto esquema de fraudes, Luiz de Aquino.

Francisco de Lagos, ex-secretário de Comunicação na gestão de Hélio de Oliveira Santos, que morreu em 2014, teve a pena extinta.  Segundo a 3ª Vara Criminal, os advogados dos réus têm até 60 dias para apresentarem as alegações finais. A decisão da Justiça deve sair em setembro.  Advogados dos réus dizem discordar do pedido do MP. 

O suposto esquema veio à tona em maio de 2011, quando 11 pessoas, entre elas secretários municipais e ex-diretores da Sanasa, chegaram a ser presas preventivamente durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime (Gaeco).

A suspeita de corrupção em contratos da autarquia motivou a abertura de duas comissões processantes na Câmara de Vereadores, em 2011. O então prefeito Hélio de Oliveira Santos foi cassado em agosto, enquanto que o vice, Demétrio Vilagra, deixou o Executivo após sofrer impeachment em dezembro. (AE)

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