Sindsaúde-DF

MP ajuiza ação de improbidade contra envolvidos em esquema de propina

Grupo tentou extorquir presidente do Sindsaúde-DF, em 2015

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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ajuizou ação de improbidade administrativa contra quatro envolvidos na Operação Delfos, deflagrada pelo MPDFT e pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Decap), em 2016.

Os servidores da Secretaria de Planejamento Edvaldo Simplício da Silva e Christian Michael Popov, e o ex-ouvidor-geral da vice-governadoria Valdecir Marques de Medeiros cobraram R$ 214 mil para liberar a verba sindical. A cobrança foi gravada pela presidente do Sindsaúde-DF, Marli Rodrigues, que denunciou o caso no fim de 2015. O repasse seria feito a partir de um contrato de fachada com a corretora de seguros Netsaron, em que a filha de Simplício, Beatriz Casagrande Simplício da Silva,  quarta envolvida no caso, atua como administradora.

Se considerados culpados, os quatro denunciados podem perder os cargos públicos, ter os direitos políticos suspensos pelo período de três a cinco anos, pagar multar de até cem vezes o valor da remuneração recebida à época, e serem proibidos de contratar com o Poder Público ou receber benefícios e incentivos fiscais por três anos.

Edvaldo, Valdecir e Christian já respondem a ação penal por concussão – ou seja, exigir vantagem indevida – e lavagem de dinheiro relacionados aos fatos investigados pela Operação Delfos. Se condenados no processo criminal, eles também podem receber pena de reclusão, multa e perda do cargo público.

Delfos

Na operação, em 2016, a polícia apreendeu documentos e computadores no Palácio do Buriti para apurar a denúncia. À época, dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Também participaram da operação a 4ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Usuários da Saúde (Prosus) e a 5ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Prodep).

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