Sem intenção de matar

Motorista que matou ciclista na L2 norte é condenado por homicídio culposo

Para amigos a pena é branda para quem tirou a vida de alguém

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O juiz Osvaldo Tovani, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), condenou Johann Homonnai, 18 anos, por homicídio culposo, a pena de dois anos em regime inicialmente aberto, pela morte do ciclista Raul Aragão, 23 anos, em outubro de 2017. 

Tovani também determinou que o motorista está proibido de dirigir por dois meses.“Substituo a pena privativa de liberdade por duas penas restritivas de direitos, a serem impostas pelo Juízo da Execução Penal”. A decisão de quarta-feira (21) ainda não foi publicada pelo TJDFT.

O atropelamento foi em outubro de 2017, na L2 Norte. A perícia concluíu que no momento que o carro atingiu o ciclista, estava na velocidade de 95km/h, sendo que a velocidade permitida na via é de 60km/h.

A irmã de Raul, Flora Gondim, 22 anos, fez duras críticas a decisão, que qualificou como perigosa, “é uma das razões pelas quais 45 mil pessoas morrem no asfalto todos os anos no Brasil, porque as penas são ridículas, não há responsabilização e eles dão a arma, que é um carro, para uma pessoa que matou”.

A coordenadora da ONG Roda da Paz, Renata Florentino também criticou a decisão do juiz, para ela a punição é muito branda para uma conduta que tirou a vida de alguém. “Se alguém passar no bafômetro, mesmo sem matar, fica um ano sem poder dirigir. Uma pessoa que atropelou outra em alta velocidade ficará apenas dois meses sem dirigir, é completamente desproporcional”. (Com informações da ABr)

 

 

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