Perda na comunicação

Morre o comunicador Jarbas Lúcio: o vozeirão do Agreste

Empresário fez história em 45 anos de publicidade em Arapiraca

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Morreu na madrugada deste domingo (21), em Arapiraca, o empresário e comunicador José Jarbas Silvério Lúcio, o popular Jarbas Lúcio, 65 anos, em decorrência de um câncer pulmonar de que se tratava. Seu corpo está sendo velado na capela do Cemitério São Francisco e o sepultamento está marcado para esta segunda-feira (22), no Cemitério Pio XII, em Arapiraca. 

Devido ao seu trabalho de 45 anos como comunicador e ao seu vozeirão inconfundível, era um dos nomes mais populares de Arapiraca e bastante requisitado na publicidade e propaganda. Jarbas Lúcio era neto de Manoel André, fundador da cidade conhecida como a capital do Agreste de Alagoas.

Em Arapiraca, Jarbas Lúcio fundou as rádios Novo Nordeste e Antena de Publicidade. Foi chefe do cerimonial do governo de Divaldo Suruagy, mesmo sendo morador do interior do Estado. Em 1976 impulsionou sua carreira publicitária ao adquirir uma Kombi equipada com sistema de som e conquistou o mercado em Arapiraca com a narração de anúncios com sua potente voz.

Mas foi em 1985 que Jarbas Lúcio ampliou seu trabalho para além de Arapiraca, ao adquirir o primeiro trio-elétrico de Alagoas, o Folha Verde, que homenageava a cultura do fumo que dominava a economia da capital do Agreste. Foi assim que dominou os eventos culturais e políticos, tendo participação nas eleições de Severino Leão, João Nascimento, Célia Rocha e Luciano Barbosa ao comando da Prefeitura de Arapiraca.

O comunicador também teve participação importante na campanha do senador e ex-presidente Fernando Collor (PTC), que levou, em 1989, o trio-eletrico de Jarbas Lúcio até Brasília-DF, na campanha presidencial da primeira eleição direta após o fim da ditadura militar.

Em áudio distribuído nas redes sociais, o governador Renan Filho (PMDB) explicitou seus pêsames à família do comunicador, citando o nome da viúva Cleonice e de seus filhos, especialmente Fabiano Lúcio, que segue no legado do pai como empresário do ramo da comunicação.

"O Estado perde uma referência na comunicação. Uma figura espontânea e amiga, que sempre fez parte de todos os processos políticos-eleitorais de Alagoas", disse Renan Filho.

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