Caso Mariana: gastos esvaziam caixa dos ingleses
Estimativa é que o PG já queimou US$550 milhões patrocinando eventos e viagens internacionais de seus advogados
Às vésperas da audiência na Justiça de Londres sobre indenização das vítimas do desastre de Mariana (MG), segunda (21), o escritório inglês Pogust Goodhead teve que pedir mais US$150 milhões dos financiadores para continuar tocando a ação que está apenas no início. O próprio fundo abutre Gramercy divulgou a informação em seu site. A estimativa é que o PG já queimou US$550 milhões investidos na causa pelo fundo em um ano, patrocinando eventos e viagens internacionais de seus advogados, inclusive de helicóptero, até para inaugurar galerias. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Tom Goodhead, do PG, admitiu na Austrália que sua banca deve mais de US$1 bilhão a financiadores de litígios, metade com o caso Mariana.
Goodhead tenta evitar que vítimas endossem o acordo BHP-Vale com a União, no fim do mês, para não enfraquecer a ação de Londres.
As vítimas de Mariana se queixam de interferência dos ingleses na Justiça brasileira, aconselhando-as a não assinarem o acordo no Brasil.