Motim de policiais em Minas expõe falta de autoridade do governador Romeu Zema
Políticos oportunistas não condenam o crime; Pacheco vê "legitimidade"
O motim de policiais em Minas Gerais põe à prova a autoridade do governador Romeu Zema (Novo), que pode se transformar em uma espécie de “zumbi” político ou um “ex-governador” no pleno exercício das suas funções.
Zema titubeou ao não demitir sumariamente o comandante da Polícia Militar de Minas, que no fim de semana divulgou nota autorizando a participação de policiais da ativa nos protestos realizados nesta segunda-feira em Belo Horizonte.
Não há “greve” em forças de segurança, que são proibidas de promover paralisações pela Constituição, a legislação ordinária e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além do movimento paredista criminoso, os acontecimentos em Minas têm sido estimulados por políticos oportunistas, que vêem no episódio uma chance de promover o desgaste do governador a que se opõem.
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) “reconheceu a legitimidade” nas reivindicações, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, em vez de advertir, como presidente do Senado e jurista, para o grave desrespeito à lei e as ameaças à sociedade, colocando-a à mercê da ação de criminosos.
Motins semelhantes, igualmente irresponsáveis, provocaram anarquia e crescimento da criminalidade em Estados como Espírito Santo e Ceará.