Militar assassinado tinha R$ 300 mil a receber de benefício
Esse pode ser outro motivo que levou a mulher a cometer o crime
O coronel do Exército Sérgio Murillo Cerqueira tinha cerca de R$ 300 mil a receber do Fundo de Apoio à Moradia, estima a Polícia Civil. Esse pode ser outro motivo, além da pensão de R$ 10 mil, que levou a mulher a planejar a morte do militar. Cristiana Cerqueira, a irmã, Cláudia Osório, e outras quatro pessoas estão presas.
O benefício é destinado a servidores do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. O tempo de contribuição, de cerca de 20 anos, e a patente do militar são base para determinar o valor. Para matar o marido, Cristiana desembolsaria R$ 15 mil. O valor seria pago da seguinte forma: R$ 1 mil à vista e o restante parcelado em duas vezes. O filho da ex-empregada da irmã recebeu para fazer o “serviço”.
De acordo com o delegado-chefe da Divisão de Repressão a Sequestros (DRS), Leandro Ritt, Cláudia foi a responsável por entregar a arma aos bandidos e apresentar o local onde o militar seria sequestrado. “Cláudia forneceu a arma e acertou o pagamento. No dia anterior ao crime, ela levou Rodrigo e Lorena (presos por envolvimento no assassinato) até a quadra onde foi a abordagem”, explicou.
Cristiana nega o crime, mas em depoimento, Lorena contou que percebeu a participação da mulher quando eles iam embora com o marido. “Cristiana foi deixada do lado de fora e quando eles faziam a volta, Cristiana bateu no carro e disse ‘deixa ele’, mas Lorena contou que viu uma piscada da mulher ao motorista”, completou.
Crime
Sérgio Murillo foi assassinado na madrugada de sábado (16/5) com um tiro na nuca. Ele e a esposa sofreram um sequestro relâmpago, na 208 Norte, quando saíam da casa de amigos. A mulher acabou liberada. O corpo do coronel foi encontrado às 3h, "em posição de execução", segundo a Polícia Militar, com um tiro na nuca no Núcleo Rural Aguilhada, em São Sebastião, a 26 km do crime
Doze horas após o sequestro, Cristiana e a irmã foram presas suspeitas de terem cometido o crime. Cláudia confessou, mas Cristiana nega participação no crime.