No relatório Focus desta semana, analistas passaram a projetar a inflação em 2015 no teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5%. Segundo o documento divulgado pelo Banco Central com as estimativas de 100 analistas para as principais variáveis econômicas, a mediana das previsões para o IPCA foi alterada de 6,49% para 6,50% ante 6,40% de quatro semanas atrás.
Para o IPCA de 2014, a mediana das projeções caiu de 6,43% para 6,38%. Há um mês, a taxa estava em 6,39%. Na última sexta-feira, foi divulgado o IPCA de novembro, que ficou em 0,51% e, em doze meses, em 6,56%. Para ficar abaixo do teto da meta em 2014, o IPCA não pode superar 0,86% em dezembro.
Para o curto prazo, a taxa para dezembro foi calibrada de 0,74% para 0,75%. Já a de janeiro foi alterada de 0,85% para 0,90%. Um mês antes, essas taxas estavam, respectivamente, em 0,68% e 0,83%.
Juro. Depois de o Banco Central ter acelerado o ritmo de aperto monetário na última reunião do ano, quando elevou a Selic para 11,25% ao ano, economistas de instituições financeiras passaram a ver a taxa básica de juros mais alta em 2015, apontou a pesquisa Focus. A estimativa agora é de que a taxa básica de juros encerrará o próximo ano a 12,50%, contra 12% no levantamento anterior.
A divulgação da ata do Copom na quinta-feira deve trazer mais luz sobre os próximos passos a serem tomados, num cenário de inflação que continua pressionada e que não deve arrefecer segundo os especialistas consultados no Focus.
PIB. Depois da divulgação pelo IBGE de que o País cresceu 0,1% no terceiro trimestre do ano na margem, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 começaram a desacelerar passaram de 0,20% para 0,19% na semana anterior e, agora, recuaram para 0,18%.
O relatório Focus revela que há um mês a expectativa mediana para o crescimento do País estava em 0,20%. Para 2015 há uma perspectiva dos analistas de que haverá retomada da atividade no ano, mas com menor força, já que a taxa passou de 0,77% da semana anterior para 0,73% agora.
A produção industrial segue como o principal setor responsável pelas previsões para o PIB deste e do ano que vem. No boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado para o setor manufatureiro revela uma expectativa de queda de 2,50% este ano – levemente pior do que a da semana passada (-2,26%). Para 2015, o crescimento desse segmento deve ser de 1,23%, ante 1,13% do levantamento anterior. (AE)