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Zambelli diz que esquerda tem lista sutil para admitir ‘liberais sofisticados’

A mulher com votação mais expressiva do Brasil para o cargo de deputada federal falou, com exclusividade, ao Diário do Poder

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Dep. Carla Zambelli (PL - SP) (Foto: Deborah Sena)

A mulher mais vota para o cargo de deputada federal no Brasil, pelo estado de São Paulo, Carla Zambelli (PL-SP), falou ao Diário do Poder, com exclusividade, sobre o momento em que o desgaste de sua imagem é uma tentativa constante por parte de parlamentares e partidos como PT e Psol, que buscam na justiça a condenação da deputada à perda de mandato. “A esquerda não descansa um dia sequer na tentativa de me transformar numa assombrosa representante da direita e trabalha para a cassação do meu mandato”, elencou.

Zambelli afirmou ser rotulada como ‘assombração maligna’ e disse que é alvo dos partidos de esquerda porque defende as ideias genuínas da política de direita. Mas, segundo a parlamentar, o jogo não é o mesmo para todos. Ela cita a existência de uma “lista negra sutil em que apenas uma direita permitida é convidada para os debates. E quem é a direita permitida? Os mesmos de sempre: liberais ‘prudentes e sofisticados’ que apoiaram o totalitarismo na pandemia e se calaram enquanto prefeitos soldaram portas de comércios e prenderam trabalhadores”.

A parlamentar considera que o mecanismo, classificado por ela como ‘ardiloso’ conta com a ajuda da imprensa que, “ora está me imputando adjetivos perversos, ora está silenciando minhas ideias”.

E completou: “No dia seguinte a minha reeleição, em outubro de 2022, Guilherme Boulos estava ao vivo no palco do programa do Datena e do Roda Viva, sendo apresentado como o deputado mais votado do estado de São Paulo. Apenas para comprovar minha tese de que a direita sofre censura: nossa equipe entrou em contato com os dois programas para que eu também fosse entrevistada, afinal, fui a deputada mulher com o maior número de votos no Brasil. A direção dos programas se recusou a me dar voz. A mesma imprensa que fala incansavelmente sobre a importância da pluralidade e das mulheres na política”.

Ainda sobre uma representação da direita alinhada ao cerne do movimento classificado como bolsonarismo, Zambelli elencou as bandeiras levantadas por seu mandato, responsáveis pelo ódio da militância de esquerda. “Luto contra o controle estatal da conduta religiosa, o aborto, o desarmamento civil e outras pautas que causam reações desproporcionais nas mentes da esquerda. Em junho de 2023, o site Congresso em Foco fez um levantamento sobre minha atuação na Câmara e concluiu que sou uma das parlamentares mais oposicionistas ao governo Lula. Por isso, a necessidade de me tirarem da vida política”.

A parlamentar também detalhou a premissa que norteia a aversão e a perseguição à sua imagem. “O método da esquerda para atacar o meu mandato pode ser resumido na famosa frase: “Para os amigos as falhas, as brechas e os benefícios da Lei, e para os inimigos, o rigor dela”.

E exemplificou: “Logo após a minha vitória no primeiro turno, Janones e Felipe Neto começaram a me atacar nas redes sociais de maneira intensa. O caso está registrado numa série da Globo em que fui rotulada de “extremista”, enquanto os dois foram apresentados como combatentes de fake news que lutaram pela democracia e pela volta do amor no Brasil. Dez meses após a estreia da série, o próprio Janones assumiu em livro que espalhou fake News durante a campanha para desestabilizar a direita”.

Ela ainda relata o episódio em que apontou relação entre a sigla CPX, usada no segundo turno das ultimas eleições pelo então candidato Luís Inácio Lula da Silva, atual presidente da República, e o crime organizado, sendo acusada de disseminar fake news. “Acontece que ‘CPX’ também é usada entre criminosos. Segundo decisões proferidas por juízes em segunda instância do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, a sigla significa ‘cupincha’, ou seja, o indivíduo com quem o criminoso tem amizade”, concluiu.

Entre ataques e polêmicas recentes, a deputada destacou que “o petista Lindenberg Farias me chamou de terrorista enquanto defende o Hamas, grupo de terroristas que assassina brutalmente o povo de Israel. A normalidade dos ataques acontece todos os dias e são legitimados por especialistas supostamente habilitados em analisar a sociedade que fecha os olhos para a perseguição e colaboram ativamente para a demonização pública da direita em escala nacional”.

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