‘Típico do ódio da esquerda’, diz Sóstenes sobre CPI das igrejas evangélicas
Pedido de investigação subiu aos assuntos mais comentados na rede social X
Páginas denominadas como ‘Samurai esquerdista’, ‘Baiano antifascista’ e até o perfil do jornalista Guga Noblat, elevaram aos assuntos mais comentados da rede social X, o pedido de criação de uma CPI para investigar igrejas evangélicas no Brasil.
“É típico do ódio que a esquerda tem dos evangélicos”, rebateu o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) em entrevista ao Diário do Poder.
A mobilização, puxada por militantes, não se fundamenta em fatos novos, e coincide com a recente fala da sindicalista, Elennira Vilela ao defender, em live com José Genoíno, que a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, precisa ser destruída ‘politicamente, quiçá de outras formas’, porque foi ‘treinada nas igrejas evangélicas’ para conquista o público. “As igrejas evangélicas não cresceram como cresceram porque têm dificuldade de falar com o povo”, acrescentou a militante.
Uma das páginas que fomentou a ‘pressão’ para instalação da CPI repercutiu a última divulgação da Forbes sobre o patrimônio dos maiores líderes evangélicos do país.
Sóstenes lembrou ao DP que o pastor Silas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), processou a revista por divulgar erroneamente o valor de seu patrimônio. À época, a revista emitiu nota esclarecendo que o patrimônio do pastor corresponderia “a apenas 3% do valor citado na matéria veiculada, conforme documentos oficiais que teria voluntariamente disponibilizado”.
O DP também perguntou ao deputado, que presidiu a Frente Evangélica da Câmara e é segundo-vice-presidente da Câmara dos Deputados, como o governo Lula pode ‘ajustar’ a relação com os evangélicos, dentre os quais está a maior reprovação ao seu mandato (64%), segundo pesquisa Datafolha. “O segmento evangélico e o Partido dos Trabalhadores hoje são como água e óleo, não se misturam. A não ser que a esquerda latino-americana faça uma autocrítica”, acrescentou.
O governo Lula estaria organizando, para fevereiro, um encontro com líderes evangélicos. Mas para Sóstenes Cavalcante, não adianta desejar proximidade com o semento, enquanto “ministros ferirem nossa língua mãe para usar expressões como ‘todes’, enquanto o governo patrocinar o aborto, enquanto o governo continuar afrontando nossos valores”.
O deputado também sugeriu ao PT que mude seu estatuto antes de cogitar dialogar com os evangélicos e afirmou que não vê mais jeito do atual governo desfazer o abismo na relação com o segmento.