Defesa

Ramagem diz que gravação foi para blindar Bolsonaro

“O presidente sempre se manifestou na reunião por não querer favorecimentos ou jeitinhos”, escreveu o deputado.

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Jair Bolsonaro com o deputado Alexandre Ramagem que chefiou a Abin em seu governo (Foto: Marcos Correa/PR)

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), segue a estratégia de se manifestar apenas em suas redes sociais sobre a investigação a respeito de suposta Abin Paralela, comandada por ele durante o governo Jair Bolsonaro. Sem dar entrevistas, Ramagem tem se dedicado a comentar pontos centrais da polêmica que o envolve.

No Twiter/X, o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), afirmou que o ex-presidente da República tinha ciência da gravação, contrariando a alegação de que o áudio causou racha entre ele o líder da direita no Brasil.

“O presidente sempre se manifestou na reunião por não querer favorecimentos ou jeitinhos”, escreveu Ramagem.

E completou: “Manifestei-me contrariamente à atuação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no tema, indicando o caminho por procedimento administrativo pela Receita Federal (RF), previsto em lei, e ainda judicial no Supremo Tribunal Federal (STF)”, ponderou.

A Polícia Federal (PF) sustenta que a suposta ‘rachadinha’ do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) é o contexto da conversa. Ainda segundo a PF, discutiu-se na reunião um conjunto de estratégias para blindar Flávio, entre elas, a de enquadrar auditores da Receita Federal.

Ramagem, entretanto, afirmou que a gravação ocorreu para se resguardar de proposta criminosa, que seria feita por um dos presentes na reunião. A pessoa em questão “teria um contato com o governador do Rio, à época, e que poderia vir com uma proposta nada republicana. […] Um crime contra o presidente da República”, observou Ramagem.

E completou: “Só que isso não aconteceu. A gravação foi descartada. As advogadas que vieram na reunião apresentaram possíveis irregularidades que poderiam estar acontecendo na Receita”.

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