Pergunta sobre ‘dama do tráfico’ tira do sério ministro dos Direitos Humanos
Marcos Pollon (PL-MS) foi o autor do questionamento que irritou Silvio Almeida
“A sua relação com o Comando Vermelho antecede o exercício no Ministério ou veio após a sua posse como ministro dos Direitos Humanos?”. Feita pelo deputado Marcos Pollon (PL-MS), essa foi a pergunta que tirou do sério o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, durante oitiva na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados.
Para o deputado Marcos Pollon (PL-MS), a visita da dama do tráfico aos ministérios dos Direitos Humanos e da Justiça, em Brasília, poderia ter sido evitada com uma ‘simples diligência’, expressão utilizada pelo parlamentar para denominar consultas aos sites dos tribunais.
“Furtar-se a reconhecer essa ligação [com o Comando Vermelho], alegando que não sabia, é um subterfúgio muito baixo. [..] A relação do senhor com o Comando Vermelho antecede o exercício no Ministério ou veio após a sua posse como ministro dos Direitos Humanos?”.
Almeida disse ao bolsonarista que é ‘homem honrado’ e que foi alvo de insinuação difamatória e caluniosa. Acrescentou que se Pollon não tiver ‘lastro na realidade’ ou ‘indício’ a respeito do questionamento feito tomará as ‘providencias cabíveis’.
O deputado retrucou, dizendo que a pergunta foi objetiva e que bastava ao ministro responder.
Silêncio eloquente
Pollon ainda exortou sobre o ‘cerceamento de liberdades’ que considera ser feito pelo atual governo.
“O regime que o senhor serve está atropelando o devido processo legal. O regime que o senhor defende matou um brasileiro sem sequer lhe dar o conhecimento do que estava sendo acusado. […] Tudo que ouvimos de vossa excelência é um silêncio eloquente”.