Carta à Imprensa

Hamas quer impor supremacia religiosa, afirma embaixada de Israel

O Conselheiro da embaixada de Israel no Brasil, Yonatan Gonen, busca conscientização antiterrorista.

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A israelense Amit Soussana foi sequestrada de sua casa no dia 7 de outubro, espancada e arrastada para a Faixa de Gaza por pelo menos dez homens do grupo terrorista Hamas. (Foto: Mohamed Abed/AFP)

O Conselheiro da embaixada de Israel no Brasil, Yonatan Gonen, enviou na tarde dessa sexta-feira (13), carta à imprensa em que detalha o modus operandi do Hamas sobre a Faixa de Gaza e a insistência por um conflito bárbaro contra Israel.

De acordo com o relato de Gonen, o grupo terrorista rejeita todos os acordos pela paz com foco em dizimar o maior número possível de israelitas e implantar ditadura fundamentalista.

O Conselheiro da embaixada encerrou fazendo um apelo: “Se vir alguém confuso sobre o Hamas, lhe envie esse artigo. Explique sobre o que eles têm feito e o ódio que tem espalhado”.

Veja a integra da Carta:

O que é o Hamas? Tudo sobre a organização terrorista que está atacando Israel

O Hamas é o grupo terrorista que está por trás dos devastadores ataques terroristas que ocorreram em Israel nos últimos dias e que causaram a morte de pelo menos 900 israelenses. Ao mesmo tempo, lançaram milhares de foguetes contra Israel. Isso é algo que nunca testemunhamos antes em nossa vida. É bárbaro. E esses eventos trágicos viverão na memória coletiva israelense durante as próximas gerações.

O Hamas foi criado no final da década de 1980 como um ramo da Irmandade Muçulmana, e se juntou a ela para atos terroristas contra Israel durante a “Primeira Intifada” (1987). Em 1988, o Hamas codificou oficialmente sua carta magna, que diz: “os inimigos sionistas controlavam tudo, desde a mídia mundial até as Nações Unidas”. Assim, o antissemitismo e a oposição à existência de Israel sempre foram uma parte central da filosofia do Hamas.

O Hamas é uma organização islâmica fundamentalista e militar, que é reconhecida como organização terrorista por muitos países ao redor do mundo. O Hamas rejeita todos os compromissos e negociações com Israel. O objetivo deles é matar o maior número possível de israelenses – a organização é movida pelo racismo genocida –, destruir Israel e substituí-lo por um regime brutal de supremacia religiosa – uma teocracia semelhante ao Talibã.

Entre 1990 e 2000, o Hamas realizou uma onda de atentados suicidas em restaurantes, shoppings, ônibus e boates israelenses. Mais recentemente, lançou milhares de foguetes contra cidades israelenses e cavou túneis para se infiltrar em Israel e cometer ataques terroristas. Foi o ódio que motivou o 11 de setembro nos EUA e o 7 de julho em Londres. E é o ódio que leva o Hamas a matar civis israelenses inocentes, em nossas ruas e comunidades.

Em 2006, o Hamas sequestrou o soldado israelense Gilad Shalit. Shalit foi mantido em cativeiro até 2011, quando foi libertado em troca de 1.027 prisioneiros palestinos. O Hamas também deteve os corpos de dois soldados israelenses mortos – Hadar Goldin e Oron Shaul – e dois civis – Avera Mengistu e Hisham al-Sayed, que se acredita estarem vivos. E nos últimos dias o Hamas tem mantido dezenas de israelenses e cidadãos de outros países como reféns.

Desde junho de 2007, o Hamas governa a Faixa de Gaza. Ele disparou centenas de milhares de foguetes e morteiros contra comunidades israelenses, e cometeu incontáveis ataques terroristas. Além disso, lançou várias guerras contra Israel, incluindo em 2008, 2009, 2014 e 2021. Ele é financiado e apoiado pelo Irã, um regime genocida que também apoia abertamente a destruição de Israel e a destruição de valores democráticos.

O Hamas usou o conhecimento iraniano para construir suaextensa rede de túneis na Faixa de Gaza e sob a fronteira entre Israel e Gaza para esconder armas e sequestrar civis israelenses. Ele comete sistematicamente crimes de guerra de forma impune, usando comunidades civis palestinas como base para disparo de foguetes contra civis israelenses. Seus ataques já atingiram a população e os centros civis de Israel, um crime de guerra segundo as Convenções de Genebra e do Tribunal Penal Internacional (TPI).

Desta forma, o Hamas é responsável pela morte de civis em Gaza e explora cinicamente essas mortes para fins de propaganda. O governo ditatorial do Hamas também oprime os moradores de Gaza, negando-lhes direitos civis, direitos humanos e políticos. O Hamas empobreceu Gaza, desviando recursos para sua máquina de guerra.

Se vir alguém confuso sobre o Hamas, lhe envie esse artigo. Explique sobre o que eles têm feito e o ódio que têm espalhado.

Yonatan Gonen

Conselheiro da Embaixada de Israel no Brasil

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