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8 de janeiro: ‘chega de colocar tudo na conta Polícia e do DF’, apela deputado

Para Daniel de Castro (PP), está declarada a responsabilidade do Ministério da Justiça no atos do 8 de janeiro

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O deputado distrital Daniel de Castro (PP) (Foto: divulgação)

O deputado distrital Daniel de Castro (PP) fez dura inquirição contra o major do Exército José Eduardo Natale de Paula Pereira, que aparece em imagens do circuito interno do Palácio do Planalto dando água a manifestantes no dia da invasão às sedes dos Três Poderes.

A inquirição do deputado, durante a CPI em curso na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLD) foi focada em desmontar o que ele chamou de ‘narrativas’ que imputam ao 8 de janeiro o estigma de terrorismo e reduzem a responsabilidade das depredações à competência de atuação do Distrito Federal, liberando da responsabilização as competências das Forças Armadas e a alta cúpula do governo federal.

Ao Diário do Poder, o parlamentar elencou que: “há falhas de todos os lados. Quem falhou precisa responder. O general Dutra falou à CPI,  que no dia 5 de janeiro, só tinha 200 pessoas no acampamento em frente ao Comando Geral do Exército. Isso não é terrorismo. Ele, inclusive, chamou de arruaceiros, manifestantes [os acampados em frente ao Quartel General do Exército”.

E completou: “O general Penteado disse que se o GSI tivesse seguido o plano escudo e tivesse observado os 33 alertas da ABIN para os órgãos, seguramente o Palácio do Planalto não teria sido invadido. Está declara a responsabilidade o Ministério da Justiça”.

Para o parlamentar, se os atos do dia 8 foram terroristas, o governo federal devia ter utilizado todo o aparato de segurança. “Alguém deixou a tropa no palácio e não utilizou”.

Durante inquirição na CLDF, De Castro apelou para que a responsabilização dos atos de depredação dos prédios públicos também pese sobre os órgãos e autoridades do Distrito Federal. “Chega de colocar tudo na conta da Polícia Militar e no Distrito Federal”. O parlamentar avalia que o devido processo legal está sendo atropelado pelo julgamento dos atos. Ele prega a individualização das condutas e a presunção de inocência.

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