Análise de vetos

Derrotado, governo ameaça com novo projeto de censura

Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP) admite que esperava derrota de 'Congresso Conservador'

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Líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Sem partido- AP. Foto: Agência Câmara)

Ao deixar a sessão do Congresso Nacional que analisou o vetos presidenciais, nesta terça-feira (28), o líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP) disse que ‘já era esperado’ o cenário que cravou derrotas significativas ao governo, a exemplo da manutenção do veto do ex-presidente Jair Bolsonaro, que impediu a tipificação do crime de fake news, e a queda do veto parcial do presidente Luís Inácio Lula da Silva, que vetou o fim das saidinhas no Brasil, aprovado pelo Congresso Nacional.

Randolfe tirou o foco do combate à reincidência de crimes e desdenhou dos presos do 8 de janeiro, afirmando que a queda do veto de Lula terá ‘efeito colateral’, já que os  condenados pelas depredações na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, que estiverem em regime semiaberto, não vão usufruir do benefício.  “O tema da saída temporária tem um efeito colateral porque os presos do 8 de janeiro não serão atendidos. Procuramos convencer o Congresso. Mas entendemos que é um Congresso conservador. Era esperado”, afirmou. 

O senador antecipou que o governo Lula vai continuar militando por pautas que extrapolam a linha entre controle do Estado e liberdade de expressão: “sobre fake news vamos continuar tratando. Vou apresentar projeto neste tema. Em algum momento, o Congresso Nacional vai ter que criminalizar fake news. Por que fake news mata”. 

 

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