Abril Vermelho

MST invade 3 áreas na Bahia após deixar terreno da Embrapa em Pernambuco

Ocupações fazem parte das mobilizações do “Abril Vermelho”

acessibilidade:
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). (Foto: MST).

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiu na madrugada deste domingo, 23, três fazendas na Bahia, horas depois de deixar uma área da Embrapa ocupada na semana passada, como parte das ações do chamado “Abril Vermelho”. As invasões ocorreram nos municípios de Guaratinga e Jaguaquara, no Sul do estado, com 118 e 200 famílias, respectivamente; e em Juazeiro do Norte, na região norte baiana, com outras 200 famílias. O movimento pede que as três fazendas sejam usadas para a reforma agrária.

Segundo o MST, as terras são improdutivas.

As novas ações ocorreram após o movimento, atendendo a apelos do governo federal, desocupar uma área de pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na zona rural de Petrolina (PE), onde 600 famílias foram realocadas em um terreno próximo.

No acordo com o governo, o MST aceitou desocupar nesta semana a fazenda da multinacional de celulose Suzano, em Aracruz (ES). A área foi invadida na semana passada junto de outras propriedades em estados como Pernambuco, São Paulo e Minas Gerais. O movimento pede a aceleração de projetos de reforma agrária.

A desocupação deveria ter começado ainda neste fim de semana, mas foi adiada após a Polícia Militar afirmar que não havia “condições objetivas para fazer o despejo seguindo os protocolos legais necessários”, informou em nota do movimento, como falta de uma área para assentar provisoriamente as 200 famílias que participaram da invasão.

Além das invasões, o MST também começou neste fim de semana o que seria uma espécie de “formação” de militantes em estados das regiões Sudeste e Nordeste. “Militantes estarão dedicados ao estudo e aos desafios de formar uma brigada de caráter nacional, para a projeção de dirigentes do MST no próximo período”, disse o movimento em nota.

De acordo com a atual legislação eleitoral brasileira (resolução TSE 23.610/2019), sites de notícias podem ser penalizados pelos comentários em suas publicações. Por esse motivo, decidimos suprimir a seção de comentários até o fim do período eleitoral.