Corrupção de testemunhas

Justiça revoga prisão de três PMs do caso Amarildo

Decisão se refere à acusação de corrupção ativa de testemunhas

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Três dos policiais militares denunciados pela morte do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza tiveram a prisão preventiva revogada pela Justiça e passam a responder em liberdade pelo crime de corrupção ativa de testemunhas, delito praticado à época das investigações policiais sobre o caso. O ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Rocinha, major Edson Santos, o ex-subcomandante Luiz Felipe de Medeiros e o soldado Newland de Oliveira e Silva, entretanto, vão continuar presos por outros crimes ligados ao caso. 

O argumento da defesa do soldado Newland de Oliveira e Silva de que as testemunhas civis estão sendo substituídas por autoridades públicas no processo criminal foi acatada pela juíza da Auditoria de Justiça Militar Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, que não vê mais necessidade que os três sejam mantidos presos. Ela considerou que "não é mais possível afirmar que a liberdade dos réus traria riscos à ordem pública". 

De acordo com o Ministério Público, os policiais pagaram R$ 850 e R$ 500 para que duas testemunhas atribuíssem a morte de Amarildo ao traficante Thiago da Silva Neris, o Catatau. 

A Polícia Civil concluiu em inquérito que Amarildo foi torturado e morto por policiais militares em julho de 2013. Ao todo, 25 PMs são acusados de envolvimento no crime. Até hoje, o corpo do ajudante de pedreiro não foi encontrado. (AE)

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