Justiça manda Cabral voltar a presídio da PM onde havia indícios de regalias

Preso pela Operação Lava Jato desde 2016, condenado em 22 de 33 processos, somando penas de 407 anos de reclusão, o caso da prisão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral virou uma novela.

Em menos de dois meses, o ex-político vai mudar de cadeia pela quarta vez. Isso porque os desembargadores da  7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, no Rio de Janeiro, determinaram, em unanimidade, que Cabral retorne e fique na unidade Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, até o fim do processo disciplinar aberto pela Polícia Militar que apura as denúncias de regalias que pairam sobre ele – “garantindo-se o contraditório e ampla defesa, inclusive em grau recursal”.

Na decisão tomana nesta terça-feira, 14, o tribunal entendeu que o ex-governador foi transferido antes de se defender das acusações de ter recebido privilégios na cadeia em Niterói.

Atualmente, Cabral está preso no Grupamento Especial Prisional (GEP) do Corpo de Bombeiros, em São Cristóvão, na Zona Norte. Antes, ele ficou no Quartel do Humaitá, dos bombeiros. Ele chegou a ir para o isolamento na penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1, que é considerada cadeia de segurança máxima.

O investigado caso de regalias foi descoberto após uma vistoria da Vara de Execuções Penais (VEP) encontrar celulares, anabolizantes, dinheiro e lista de compras em restaurantes na unidade em que o ex-governador está atualmente. À época, a defesa dele negou que o material encontrado fosse seu e rechaçou qualquer irregularidade na cela do ex-governador.