Justiça aguarda depoimento de Agnelo Queiroz em processos de improbidade
Ainda não há data para falar, mas processos estão em andamento
O ex-governador Agnelo Queiroz terá muito o que explicar quando retornar de “férias”. Enquanto esteve fora do país, desde janeiro deste ano, foi alvo de diversas ações de improbidade administrativa pelo Ministério Público, além de dois bloqueios de bens, por conta da inauguração irregular do Centro Administrativo de Taguatinga e pela realização da etapa brasileira da Fórmula Indy. Ainda não há data para os depoimentos, mas os processos estão em andamento.
A ação mais recente, nesta quarta-feira (6), acusa Agnelo, o ex-vice-governador Tadeu Filipelli, o ex-secretário de Administração Wilmar Lacerda e ordenadores de despesa Washington Luis Sousa Sales e Luiz Alberto Cândido da Silva. Segundo a acusação, eles teriam feito afirmações falsas sobre a disponibilidade orçamentária e financeira do DF para a concessão de aumentos e melhorias salariais a diversas categorias do serviço público. O impacto da ação foi sentido no início da gestão de Rollemberg, que ficou sem recursos para cumprir o compromisso do ex-governador.
Outra ação de improbidade contra Agnelo se dá pela reintegração ilegal do ex-deputado distrital Marco Lima à Polícia Militar do DF. Outros que participaram do processo também foram citados. Segundo o Ministério Público de Contas, houve prejuízo aos cofres públicos com o pagamento retroativo à Lima, valor que ultrapassaria R$ 1 milhão.
Mais uma por improbidade, Agnelo vai responder por contratar empresa privada para a realização do evento da Fórmula Indy, no DF, o que depois não aconteceu. Agnelo também vai responder sobre a inauguração irregular do Centro Administrativo do Distrito Federal, inaugurado em dezembro, sem estrutura adequada. O habite-se foi suspenso.
Viagem
Agnelo deixou o país em janeiro, após um fim de gestão conturbado. Ele foi flagrado dentro de um avião rumo a Miami, onde ficaria alguns meses, estudando inglês.