MATERNIDADES EM CRISE

HU da Ufal reabre maternidade ainda superlotada, em Alagoas

Gestantes de médio e alto risco devem seguir para o HU via Cora

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HU comunicou reabertura, apesar de situação crítica (Reprodução Globo)A direção do Hospital Universitário Alberto Antunes (HUPAA) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) informou, nesta terça-feira (2), que a maternidade foi reaberta na última quarta-feira (28), mas ainda está com os dez leitos da UTI Neonatal ocupados. A superlotação estava configurada até esta segunda-feira (1º), quando havia 13 recém-nascidos na UTI.

A única maternidade pública federal de Alagoas fechou para novos atendimentos na semana passada, dez dias depois de o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público Estadual (MP/AL) expedirem recomendação conjunta à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), gestora da unidade, para que adotasse providências no sentido de assegurar o pronto e efetivo atendimento às gestantes e aos recém-nascidos de alto risco.

Ofícios foram encaminhados pela Direção do HU à Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, Secretaria Estadual de Saúde, Defensoria Pública Estadual, Ministério Público Federal, e à Coordenação do Centro de Regulação, Controle, Avaliação e Auditoria da SMS para informar sobre a situação. 

A recomendação dos órgãos ministeriais, assinada pela procuradora da República Roberta Bomfim e pela promotora de Justiça Micheline Tenório, orienta a empresa gestora do HU a adotar providências para suprir a carência de profissionais na UTI Neonatal, na UCI Neonatal, na UCI Canguru, no Alojamento Conjunto e na Enfermaria Pediátrica. Bem como, recomenda que realize estudo para a ampliação de leitos de UTI e UCI Neo, visando superar a recorrente superlotação.

O prazo para a Ebserh responder se acata ou não as recomendações deve terminar na próxima semana. E a superlotação permanece quase um mês depois de o MPF constatar que os 26 leitos de UTIs e UCIs neonatais da Maternidade Santa Mônica “inauguradas” pelo governador Renan Filho (MDB), pela terceira vez, não tinham condições de funcionar, por falta de equipamentos, insumos, medicamentos e de pessoal necessários ao funcionamento dos leitos abertos, na única maternidade estadual pública e de alto risco de Alagoas.

A Justiça Federal aguarda o fim do prazo de 45 dias para verificar se o governo de Renan Filho (MDB) já garantiu o funcionamento dos leitos da Santa Mônica, que estavam fechados desde quando foram inaugurados pela primeira vez, em 2015.

Com a reabertura da maternidade do HU, as gestantes de médio e alto risco devem ser encaminhadas ao HU pelo Complexo Regulador de Maceió (Cora). Já as gestantes de baixo risco devem buscar as maternidades conveniadas ao SUS. (Com informações da Assessoria de Comunicação da Ufal)

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