Governo e funcionários do Metrô não chegam a acordo
Sindicatos pleiteiam melhores condições salariais
Terminaram sem acordo as duas audiências realizadas entre o governo estadual, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) nesta segunda-feira, 25, no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2). Sindicatos das duas categorias pleiteiam melhores condições salariais e ameaçam iniciar paralisações nos próximos dias. Nova audiência com a CPTM foi marcada para esta terça-feira, 26, às 10 horas. Já o Metrô terá outra reunião no dia 1º de junho.
Na audiência da CPTM, o desembargador Wilson Fernandes fez proposta de 8,25% de reajuste para salários e benefícios. O índice inclui 6,65% de reposição da inflação pelo índice IPC/Fipe e mais 1,5% de produtividade. A categoria vai estudar a proposta até a próxima reunião, mas esclareceu no encontro que pede 7,89% de reajuste mais 10% de aumento real. Já a CPTM havia oferecido inicialmente um reajuste de 6,65%.
Já para o Metrô, a desembargadora Ivani Contini Bramante propôs reajuste de 7,21% (IPC-Fipe) mais 1,5% de produtividade, para salário e benefícios. A reivindicação da categoria de readmitir os metroviários demitidos no ano passado, durante a greve, foi descartada pelo tribunal. Os metroviários pedem aumento de 18,64% e outros benefícios. Já o Sindicato dos Engenheiros pede 17,01%. O Metrô já ofereceu reajuste de 7,21% para as duas categorias.
Em ambos os casos, a Justiça já determinou que deve haver contingentes mínimos de operação se acontecer greve. Para a CPTM, deve ser mantido um contingente de 90% de efetivo de maquinistas e 70% em relação às demais atividades nos horários de pico (das 4h às 10h e das 16h às 21h). Nos demais horários, este mínimo é de 60%. A liberação de catracas também está proibida pela liminar, sob multa diária de R$ 100 mil. Já no Metrô, ficou definido que 100% dos metroviários devem atuar no horário de pico (6h às 9h e das 16h às 19h) e 70% nos demais horários. (AE)