Estranho

Governo do TO assina contrato milionário com construtora de investigado

Wilmar Bastos, o Chatão, já foi preso no Tocantins e esteve envolvido em polêmica em obra na fazenda de Liliane Roriz no DF

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Empresário Wilmar de Oliveira Bastos. Foto: FIETO Fotos/Flickr
Empresário Wilmar de Oliveira Bastos. Foto: FIETO Fotos/Flickr

O governo do Tocantins contratou, por R$ 84,79 milhões, a empresa EHL (Eletro Hidro Ltda), do empresário Wilmar de Oliveira Bastos, conhecido como “Chatão”, que já foi investigado e até preso pela Polícia Federal.

Chatão é investigado na Justiça por envolvimento em supostos desvios de recursos públicos praticados ainda durante a primeira metade da década de 2010. O caso foi revelado pela Operação Ápia, da Polícia Federal, em 2016, que chegou a levar o ex-governador Sandoval Cardoso para a prisão. Wilmar Bastos, o Chatão, também foi preso por vários meses, detido por fraudar licitações de terraplanagem e pavimentação em Tocantins.

Os processos contra o empresário chegaram a tramitar na Justiça Federal. À época da operação, o Ministério Público Federal chegou a apontar fraudes de cerca de R$ 1 bilhão contra os cofres públicos tocantinenses.

O contrato foi publicado no Diário Oficial do estado na última terça-feira (24), e foi fechado através de um termo de adesão à ata de preços.

A adesão à ata de registro de preço é uma modalidade de compra do governo que dispensa a licitação, e permite uma “carona” em uma licitação já feita, sem a necessidade por uma nova concorrência. Se uma empresa tem contrato com algum órgão público, outros órgão públicos de todo o país podem aproveitar para contratar a mesma empresa, nas mesmas condições.

Até em Brasília

Chatão também se envolveu em polêmica em Brasília. Em novembro de 2017, sua empresa asfaltou a fazenda da então deputada distrital Liliane Roriz, filha do ex-governador Joaquim Roriz. À época, Chatão e Liliane disseram que a obra teria sido paga com dinheiro particular e não com recursos públicos.

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