Governo do DF firma parceria para colocar nas ruas veículo elétrico compartilhado
Não haverá custos para o GDF com a implementação, todo o investimento será custeado pela ABDI
O Governo do Distrito Federal assinou nesta segunda-feira (20) um acordo de cooperação com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) para introduzir o veículo elétrico como transporte compartilhado nas ruas do Distrito Federal.
Esse projeto de mobilidade urbana sustentável será o pioneiro no Brasil, segundo o secretário de Ciências e Tecnologia e Inovação, Gilvan Máximo, objetivo do GDF é depois do projeto piloto, expandir a ideia de forma gratuita para a população. A intenção é que a partir do segundo semestre, 20 modelos Twizy, disponibilizados pela Renault, serão utilizados por servidores selecionados, além de alguns secretários para irem e voltarem de reuniões.
De acordo com os acertos da parceria, não haverá custos para o GDF para a implantação dos carros elétricos, pois todo o investimento será custeado pela ABDI que calcula investir R$ 2,3 milhões no projeto, inserido dentro dos programas de cidades inteligentes. Além do projeto que pretende integrar toda a Esplanada dos Ministérios com tecnologias renováveis, patinetes elétricos e bicicletas, com objetivo de reduzir os custos da administração pública.
Os carros serão cedidos ao GDF em forma de comodato, com cláusulas sobre operação, taxas e seguros e manutenção. Todos os veículos são rastreados, por meio de um software que monitora a velocidade, as rotas percorridas e a carga de bateria. Cada veículo chega a velocidade de 80km/h e possui autonomia de 100 km/h com bateria carregada.
O GDF possui um custo anual estimado em R$ 16 milhões com combustíveis e manutenção de sua frota. Com a implantação desse projeto, a estimativa de economia será de 50%.
O presidente da ABDI, Guto Ferreira ressalta que a mobilidade urbana sustentável é pauta no mundo todo, e explicou que a partir da parceria da agência com o Parque Tecnológico de Itaipu surgiu a necessidade de um local para por em prática a experiência. “Nasceu a busca de um governo ou cidade e Brasília saiu na frente. Assim que o governador soube da iniciativa, imediatamente disse que queria usar o veículo em Brasília, dando uma prova definitiva de que é possível fazer um trabalho atendendo ao anseio da sociedade na velocidade que ela merece, que é a velocidade digital e não analógica”.
O Twizy ainda não está à venda. Só é comercializado em parcerias como esta, entre Renault/Itaipu/ABDI e o GDF, dentro de propostas de mobilidade zero emissão. Pelo menos 150 veículos destes circulam pelo país. É um carrinho de 2,33m de comprimento e 1,23m de largura. Na Europa, onde é vendido regularmente em alguns países, custa 8 mil euros – cifra equivalente a R$ 37 mil, pela cotação desta segunda-feira (20).
O motor 100% elétrico gera potência equivalente a 20cv e tem autonomia de até 100km (quanto mais rápida for a condução, mais energia se gasta). É facílimo de se conduzir: não tem marchas, e o torque (a força), até mesmo numa ladeira, é constante. Basta acelerar e frear.(Com informações Agência Brasília)