Pediu para sair

Governador lamenta saída de Hélio Doyle da Casa Civil

O novo secretário da pasta será Sérgio Sampaio

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Em nota, o governador Rodrigo Rollemberg lamentou a saída de Hélio Doyle da chefia da Casa Civil. Ele diz que Doyle desempenhou suas funções com “exemplar lealdade, dedicação, compromisso e competência”. Rollemberg aproveitou para anunciar o novo secretário da pasta. Será Sérgio Sampaio, atual diretor-geral da Câmara dos Deputados. Doyle anunciou sua saída ontem (10), durante entrevista coletiva no Palácio do Buriti.

Confira a nota: “Lamento a saída do Governo de Brasília do chefe da Casa Civil, o secretário Hélio Doyle.

O jornalista Hélio Doyle desempenhou suas funções, desde a campanha eleitoral, passando pela transição e pelo período no Governo, com exemplar lealdade, dedicação, compromisso e competência — qualidades que lhe são inerentes.

Agradeço a colaboração prestada e reitero a minha confiança e a certeza de que, embora fora do Governo, continuarei contando com o apoio dele para superar os imensos desafios que Brasília tem pela frente. Desejo muito sucesso em suas atividades profissionais futuras.”

Pedido de demissão

Segundo o jornalista, a decisão foi tomada para que intrigas políticas não emperrem o andamento de projetos importantes para o desenvolvimento da cidade.  "Tenho sido acusado de muitas mentiras, e essas intrigas têm como objetivo prejudicar o sucesso desta gestão; como eu quero que o governo dê certo, me retiro para não ser empecilho da boa relação entre o governo e a área política da sociedade", disse.

oyle afirmou que as constantes críticas por parte de diversos setores da sociedade também motivaram a saída. "A proposta deste governo é instaurar a nova política e isso vai contra muitos interesses individuais; cada setor pensa em si e não nas necessidades da população que mais precisa", destacou. Segundo ele, muitos desses interesses emperram a aprovação de medidas essenciais para que Brasília aumente a receita, pague regularmente aos servidores, consiga cobrir o custeio da máquina pública e tenha capital para fazer investimentos na cidade.

"Espero [com a demissão] que a relação entre o Executivo e a Câmara Legislativa se resfrie, pois me tornei alvo político; estou retirando o pretexto que alguns deputados e um senador usam para atacar as ações do governo", declarou diante dos jornalistas. Hélio Doyle disse acreditar na proposta do governador Rodrigo Rollemberg — a qual ajudou a construir — e que será sempre colaborador. "Ele sabe os caminhos que vai seguir; é uma pessoa honesta, séria e bem-intencionada."

Modelo de gestão

O chefe da Casa Civil começou o anúncio com um discurso em defesa do modelo de gestão adotado na capital desde o início do ano. Doyle comparou o mandato a uma partida de futebol que está nos nove minutos do primeiro tempo. "Quem aposta no fracasso deste governo vai quebrar a cara", avisou. Ele chamou a atenção para a situação financeira do Estado e para as dificuldades burocráticas dos gestores. Aliado a isso, ainda há a cultura de troca de favores entre o Executivo e setores da sociedade — políticos, associações, sindicatos e empresários: "Dizer não ao toma lá dá cá incomoda, mas esse é o nosso papel."

Ele citou os problemas na saúde, no transporte público, na nomeação de servidores concursados e nas dificuldades em aumentar a receita do Estado. "Todos sabem a situação em que recebemos Brasília, o Tribunal de Contas do DF confirmou os valores nos nossos caixas, estamos tentando aprovar medidas para resolver a situação, mas enfrentamos reações, às vezes compreensíveis, mas, em outras, descabidas."

Por fim, quando questionado sobre seu maior erro, Doyle refletiu: "Ao contrário do que dizem [que se expôs demais], acho que em algum momento posso ter me retraído e me retirado de discussões sobre questões importantes; acredito que eu deveria ter defendido mais o governo, apesar das críticas." (Informações Agência Brasília)

 

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