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Gasolina segue mais cara em Maceió e CEI prorroga investigação

Vereadores terão mais 60 dias para concluir sobre suposto cartel

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A Câmara de Vereadores de Maceió prorrogou por mais 60 dias os trabalhos da Comissão Especial de Inquérito que investiga a suposta cartelização de postos de combustíveis na capital alagoana. O requerimento foi aprovado em sessão ordinária dessa quarta-feira (27), porque a BR Distribuidora somente deverá entregar em outubro notas fiscais solicitadas pela CEI.

Para o relator da apuração, vereador Silvânio Barbosa (PMDB), a prorrogação da investigação iniciada em abril deste ano foi necessária para que os trabalhos não fossem encerrados sem uma conclusão efetiva sobre as origens do fato de Maceió ainda permanecer com a gasolina mais cara, com média de R$ 4,15, mesmo depois do aumento dos preços nacionalmente.

Preços em Maceió estão acima da média (Reprodução TV Gazeta)“Precisamos ter mais dados porque, apesar do aumento do combustível nos últimos dias ser em nível nacional, Maceió continua com gasolina mais cara que Pernambuco, só para citar um exemplo”, explicou o relator da CEI, que estava com relatoria pronta para encerrar os trabalhos e emitir seu parecer.

Para entender a formação dos preços pelos donos de postos da capital alagoana, a CEI dos Combustíveis solicitou notas fiscais à BR Distribuidora, em audiência pública do dia 22 deste mês. E a empresa subsidiária da Petrobras pediu 15 dias para atender ao pedido. A sugestão para a busca pelas notas fiscais foi dada pelo Procon, que é parceiro nos trabalhos.

A CEI também é formada ainda pelos vereadores José Márcio Filho (PSDB), que preside a comissão,; Samyr Malta (PSDC); Francisco Sales (PPL); Luciano Marinho (PTN); Silvania Barbosa (PRB) e Antônio Hollanda (PMDB).

O Sindicombustíveis de Alagoas vem negando a cartelização e acusando a carga tributária como culpada pelos preços altos. E o governador Renan Filho (PMDB) anunciou a redução do preço do litro da gasolina para R$ 3,20 e virou meme de internet, por exaltar uma "promoção" como mérito de seu governo, que aumentou de 25% para 29% a alíquota do ICMS sobre o combustível, desde 2015.

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