Filhas de ex-diretor da Petrobras vão prestar serviços comunitários
Devido ao acordo de delação premiada, Paulo Roberto Costa escapou da condenação
As filhas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa foram condenadas a prestar serviços comunitários, em uma ação no âmbito da Operação Lava Jato.
O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, livrou Costa dessa condenação, devido ao seu acordo de delação premiada, e tendo em vista que Costa já cumpre outras condenações. O ex-executivo e quatro familiares eram investigados pelos crimes de embaraço às investigações e organização criminosa.
A pena estipulada para Arianna Azevedo Costa Bachmann foi de dois anos e quatro meses de prestação de serviços comunitários para entidade pública ou beneficente. Shanni Azevedo Costa Bachmann foi condenada a prestação de serviços pelo período de um ano e oito meses. Márcio Lewkowicz, genro de Costa, terá que prestar serviços comunitários por dois anos e quatro meses. O outro genro de Costa, Humberto Sampaio de Mesquita faleceu em janeiro do ano passado.
Na sentença, Moro argumentou que Costa colaborou por meio da sua delação. “Não se pode olvidar que Paulo Roberto Costa, em seu acordo de colaboração, prestou informações relevantes sobre inúmeros crimes praticados no âmbito da Petrobras e envolvendo poderosos agentes públicos, como outros executivos da estatal e diversos parlamentares federais”.
O ex-executivo foi o primeiro delator da Lava Jato. No dia No dia 30 de setembro de 2014 seu acordo de delação foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Denúncia do MPF
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou todos os envolvidos em março de 2014. De acordo com a denúncia, a pedido de Paulo Roberto Costa, seus familiares foram até o escritório da empresa Costa Global Consultoria, onde retiraram vários documentos que poderia incriminar o ex-executivo.