Democracia

Exército atribui a Toffoli garantia contra ruptura do processo democrático

Presidente do STF mantém boa relação com militares e agrada em cheio

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Ministro Dias Toffoli, presidente do STF, e seu assessor, general Fernando Azevedo e Silva.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, tem sido apontado como a garantia do Alto-Comando do Exército contra ameaças de ruptura sobretudo no segundo turno, onde devem se enfrentar os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

Toffoli buscou aproximação com os militares antes mesmo de assumir a presidência do STF. Ele pediu ao comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, que lhe indicasse um nome para sua assessoria, e o ministro levou para o tribunal o general Fernando Azevedo e Silva, ex-chefe do Estado-Maior do Exército e um dos oficiais generais mais admirados na força.

O ministro deu aos militares três “sinais importantes”, segundo informou o jornal O Estado de S. Paulo: a decisão de não pôr em votação a prisão em segunda instância, o veto à entrevista do presidiário Lula e o pronunciamento na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, quando Toffoli afirmou que não chamaria a derrubada do governo João Goulart, em 1964, nem de golpe nem de revolução, mas de “movimento”. E que, há 54 anos, tanto a esquerda quanto a direita contribuíram para a radicalização e a quebra da ordem institucional. Na quinta, em novo discursou de novo, disse “Nunca mais fascismo; nunca mais comunismo”.

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