Trabalho remoto

Em época de pandemia é preciso tomar cuidado com doenças ocupacionais

Doenças ocupacionais preocupam autoridades em saúde

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A nova norma entrará em vigor em 1º de fevereiro (Foto: Marcelo Camargo/ ABr)

De acordo com pesquisa da Fundação Instituto de Administração(FIA), com a pandemia da Covid-19, 46% das empresas no Brasil aderiram ao sistema home office e 94% das empresas atingiram ou superaram suas expectativas de resultados do teletrabalho. Entretanto, 70% planejam encerrar a prática ou reduzi-la a apenas 25% dos funcionários ao final da pandemia.

Gestão de saúde no trabalho remoto é fundamental para evitar doenças físicas e psicológicas. De acordo com o presidente da Aliança para Saúde Populacional, Ricardo Ramos, a grande adesão ao home office exige também que a gestão da saúde do trabalhador passe por adequações. As doenças ocupacionais estão entre os problemas que podem ser causados pelo trabalho remoto.

Segundo Dr. Ricardo, que também é médico, é preciso ficar de olho nas condições ergonômicas dos trabalhadores, falta de uma mesa adequada e um boa cadeira podem causar doenças como lesão por esforço repetitivo (LER) e problemas na coluna.

O psiquiatra e Diretor Técnico da ASAP, Eduardo Tancredi, as condições inadequadas de trabalho somadas a jornadas exaustivas, têm como efeito aumento do estresse, resultando em adoecimento psíquico.

De acordo com o presidente da ASAP, as empresas que aderiram ao home office não estão isentas de gerenciar a saúde de seus colaboradores. A companhia permanece responsável pela manutenção do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos) e do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), assim como pelos exames ocupacionais, admissional, periódicos, relativos à mudança de função e ao retorno de afastamentos.
Dr. Tancredi complementa e alerta sobre o estresse causado pelas videoconferências. “Os excessos de reuniões virtuais causam exaustão mental e já temos até termo para isso: Zoom Fatigue. Os gestores devem ficar atentos para o uso exagerado dessa ferramenta, pois ela pode contribuir com a estafa mental dos funcionários”, orienta o psiquiatra.

Também cabe ao gestor prevenir a “Zoom fatigue”, termo ligado à exaustão mental provocada pelo excesso de videoconferências, ferramenta amplamente utilizada pelas empresas para manter o contato com seus funcionários”.

Para o presidente da ASAP, a gestão da saúde no período de pandemia é de extrema importância para as empresas. “Esse gerenciamento deve abordar questões como sugerir pausas para alimentação e descanso, prevenir longas jornadas, indicar postos ergonomicamente adaptados. O gestor também deve se preocupar com o bem-estar mental da sua equipe”, finaliza Ramos.

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