Cida Gonçalves

Ministra das Mulheres enfrenta denúncias de assédio moral e xenofobia

A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República apuram as acusações feitas por ex-servidoras.

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Cida Gonçalves, ministra das Mulheres, alvo de denúncias por assédio moral. Imagem: reprodução.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, enfrenta acusações de assédio moral e xenofobia, feitas por ex-servidoras e enviadas à Controladoria-Geral da União (CGU) e à Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República. Além da ministra, há denúncias contra a secretária-executiva do ministério, Maria Helena Guarezi, a corregedora interna, Dyleny Teixeira Alves da Silva, e a ex-diretora de Articulação Institucional Carla Ramos.

De acordo com o Estadão, as acusações foram formalizadas com gravações e dossiês e incluem ameaças de demissão, cobranças excessivas, tratamento hostil e manifestações de preconceito, incluindo um suposto caso de racismo envolvendo a secretária-executiva Maria Helena Guarezi. Os conflitos teriam começado após um desentendimento entre Cida Gonçalves e uma então secretária da pasta, Carmem Foro.

A ex-secretária foi exonerada em agosto de 2023 e citada pela ministra,  três dias depois, em uma reunião com tom de ameaça a outras servidoras. “Pode ser que boa parte de vocês [servidoras] também podem sair ou não. A princípio, eu tinha dito para a Carmen que quem é dela, que veio com ela, tinha que ir”, declarou Cida em gravação obtida pelo Estadão.

Um dos casos mais notáveis envolve Maria Helena, que teria feito comentários depreciativos sobre o cabelo crespo de Carmen Foro. A corregedora interna Dyleny Alves também foi acusada de omissão, ao desencorajar a formalização de queixas e minimizar os relatos.

Em nota, o Ministério das Mulheres informou que “nenhuma das acusações mencionadas foi registrada formalmente nos canais de denúncia das corregedorias do órgão ou da Controladoria-Geral da União.”

A CGU confirmou o envio de um expediente à CEP para tratar as acusações contra a ministra, mas arquivou as denúncias contra outras servidoras por falta de materialidade. O processo segue em sigilo na Comissão de Ética.

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