Controle Fiscal

‘Alta do dólar vai prejudicar o setor de infraestrutura’, afirma Hugo Motta

Favorito à presidência da Câmara, deputado manifestou preocupação com a taxa de juros e a cotação do dólar.

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Deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB). Foto: Cleia Viana/Câmara
Deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB). Foto: Cleia Viana/Câmara

Com forte favoritismo para assumir a presidência da Câmara dos Deputados em 2025, o deputado federal Hugo Motta (Rep-PB) expressou preocupação com os desafios econômicos enfrentados pelo Brasil e ressaltou a necessidade de o Congresso Nacional adotar uma postura mais proativa no controle fiscal do país.

Em participação em evento organizado pela Frente Parlamentar de Portos e Aeroportos (FPPA), Motta destacou que o aumento da taxa básica de juros (Selic) e a valorização do dólar podem impactar negativamente os setores de infraestrutura e logística, dificultando o ambiente de negócios e investimentos no Brasil.

“Com uma Selic projetada em 16%, o Brasil terá dificuldade em atrair investimentos, especialmente no setor de infraestrutura. Não será possível trazer investidores internacionais, que muitas vezes aportam mais tecnologia e modernidade, e são essenciais para aumentar nossa competitividade. Com o dólar a R$ 6,20, com previsão de alcançar R$ 7, isso representa um grande desafio para o desenvolvimento do país. O Congresso tem que ser a âncora da responsabilidade fiscal”, afirmou Hugo Motta.

O deputado paraibano é considerado o único nome forte para a presidência da Câmara na eleição prevista para fevereiro do próximo ano. Motta é apoiado pelo atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que articulou a candidatura com o apoio de partidos de espectros políticos divergentes, como PT e PL.

Até o momento, os partidos Novo e PSOL foram os únicos a não declarar apoio à candidatura de Motta. Com o recente anúncio de apoio do Avante, Motta conta com a adesão de 18 partidos, que juntos somam 495 deputados, bem acima dos 257 votos necessários para sua eleição. Com esse expressivo apoio, ele tem grandes chances de se consagrar presidente da Câmara.

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