Raul Paulino Torres

Líder de ONG financiada por Soros recebeu R$100 mil do Theatro Municipal de SP

Torres é acusado por uma das organizações que já trabalhou, o ISPIS, de ter desviado R$ 760 mil, a Polícia Civil de São Paulo investiga o caso

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Segundo apurou o jornal Gazeta do Povo, a empresa Pedra Preta Galeria e Café, recebeu R$ 100 mil do Theatro Municipal de São Paulo logo após ter sido criada. Foto: Reprodução

Raul Paulino Torres, presidente do Instituto Incube, organização brasileira que mais recebeu verba da Open Society, de George Soros, em 2023, é dono de uma empresa que recebeu mais de R$ 100 mil do Theatro Municipal de São Paulo, mesmo sem qualquer indício de sua existência.

Torres também é contador de inúmeras Organizações Não Governamentais (ONGs) financiadas com recursos estrangeiros, além de ser empresário do setor alimentício, galerias de arte e produções teatrais.

Segundo apurou o jornal Gazeta do Povo uma de suas empresas a, Pedra Preta Galeria e Café, recebeu R$ 100 mil do Theatro Municipal de São Paulo logo após ter sido criada. O estabelecimento que se qualifica como sendo uma empresa de “lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares” emitiu a sua primeira nota fiscal com essa quantia.

Com a sua datação sendo julho de 2023, o empreendimento começou com um capital social de R$ 200.000, valor alto considerando o perfil do negócio. Raul Paulino Torres é o único sócio. Conforme o endereço declarado à Receita Federal, a sede do café onde anteriormente operava uma distribuidora de água mineral, apresenta sinais de abandono.

A um quilômetro de distância se encontra o Instituto Incube, ONG que recebeu apenas no último ano R$ 15 milhões da fundação de George Soros, magnata húngaro-estadunidense que fez fortuna no ramo do investimento.

Serviços prestados pela Pedra Preta:

Do mesmo modo que a galeria/café, a Incube não possuí sede própria e também não é ativa nas redes sociais. A empresa de Torres apesar de ter sido registrada como café e galeria de arte, presta outros serviços. Em março deste ano a empresa foi contratada pelo Theatro Municipal de São Paulo para fornecer elenco à ópera “O Contractador de Diamantes”.

O contrato válido de 3 de junho a 2 de julho envolveu 23 dias de ensaios e quatro datas de apresentações. Já em outubro, a empresa foi contratada pelo SESC Belenzinho para uma atividade de contação de histórias infantis para crianças, o pagamento foi de R$ 11.713. O número da nota fiscal sugere que esse teria sido o último serviço prestado pela Pedra Preta.

Presidente da ONG acusado de desvio milionário: 

O Theatro Municipal em resposta à Gazeta do Povo disse que os artistas que participaram da ópera foram selecionados pela equipe de Programação do Theatro e que a empresa possui um CNAE ativo para agenciamento artístico.

A sede do Instituto Incube tem o mesmo endereço de uma empresa de consultoria de Torres, que já foi contador de outras empresas que recebiam recursos da Open Society. O empresário é acusado por uma dessas organizações que já trabalhou, o ISPIS, de ter desviado R$ 760 mil, a Polícia Civil de São Paulo investiga o caso.

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