Ministro mão boba

Ex-secretário de Silvio Almeida diz que sente alívio: ‘a verdade apareceu’

Entre as vítimas de importunação sexual estava a ministra Anielle Franco

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O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, ao lado do ex-secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves. (Foto Valter Campanato. AgB.)

O ex-secretário dos Direitos da Criança e do Adolescente, pasta vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos, o advogado Ariel de Castro declarou repudio e lamentou as denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, disse se sentir “aliviado” que elas tenham vindo à tona.

“Quando saí, em maio, fiquei sabendo que Silvio e alguns dos assessores, a mando dele, justificaram que eu não teria competência e que era insubordinado, porque não aceitava ordens de um ministro negro, dando a entender que eu seria racista”, revelou. “Sofri muito com isso. Mas agora a verdade apareceu, e o país todo sabe quem ele é”, declarou o advogado. “Hoje estou aliviado”, acrescentou Castro.

A exoneração de Castro, que ocupou o cargo por menos de cinco meses, ocorreu depois de desentendimentos com o ministro. O advogado declarou que, à época, Almeida ficou “melindrado” por ele ter participado de uma reunião com a primeira-dama Janja da Silva sem a presença do titular da pasta.

O advogado acredita que será difícil Almeida permanecer no cargo. “Se ele errou, que responda, mas acho que ficou difícil ele se manter na função, pois gerou um descrédito na luta pelos direitos humanos no Brasil”, disse Castro. “A imagem dessa luta histórica e fundamental saiu bastante abalada. Momento triste para todos nós que militamos nessa área.”

Em uma postagem no Instagram, Silvio Almeida negou as acusações: “Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”, diz o texto.

 

 

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