Caso Marielle

Queiroz em delação premiada entrega polícia do RJ de extorquir Ronnie Lessa

Lessa teria sido extorquido por um valor em torno de R$ 1 milhão para que não fosse investigado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco

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Vereadora Marielle Franco foi executada em março de 2018 (Foto: PSOL/Reprodução)

O ex-policial militar Élcio Queiroz, em depoimento prestado à justiça do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (11) e pela delação premiada concedida, relatou que policiais da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro teriam extorquido Ronnie Lessa, ex-policial militar preso como autor da morte da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) em 2018. 

De acordo com o depoimento, Lessa teria sido cobrado um valor em torno de R$ 1 milhão para que o ex-policial não fosse investigado pelo assassinato. Supostamente quem teria feito a cobrança foi um policial civil conhecido como Marquinhos. Segundo o Ministério Público, a informação pode abrir uma nova linha de investigação dentro da apuração sobre o caso Marielle. 

No depoimento, Queiroz detalhou a participação do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, na morte de Marielle, e do motorista Anderson Gomes. Suel foi preso após a delação de Queiroz vir à tona. 

A delação premiada foi acordado após 5 anos do crime, ao ser questionado de ter decidido tão depois do ocorrido, Élcio Queiroz acusou policiais civis de extorquir Lessa. Na sua resposta ele chegou a citar a morte do contraventor Haylton Escafura em 2017 dentro de um hotel de alto padrão na Barra da Tijuca, como exemplo de condutas da Polícia. 

Queiroz justificou em público a opção de colaborar com a polícia pela delação premiada por “Eu confio na Polícia Federal (PF) e no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado)”

 

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