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PP cede vagas ao PL e oposição retoma o ‘poder’ na CPI

Mudanças aumentam chances de indiciamento de governistas na CPI

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Deputado Zucco, presidente da CPI do MST - Foto: Agência Câmara.

A oposição voltou a ter maioria na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O relator do colegiado, deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), deve propor o indiciamento de aliados do Palácio do Planalto.

O partido Progressistas (PP) cedeu suas vagas na CPI para nomes do Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro. O Republicanos retirou dois deputados mais alinhados ao ex-presidente, mas não os substituiu por governistas.

O União Brasil também articula um movimento que pode substituir os deputados titulares pelos suplentes na comissão. São eles: Damião Feliciano (PB) e Gaguim (TO), titulares e mais ligados a Lula, e Coronel Assis (MT) e Coronel Ulysses (AC), suplentes e mais favoráveis a Bolsonaro, de acordo com informações do jornal O Globo.

A oposição passou a ocupar 15 cadeiras na comissão, contra nove da base governista. O relator pretende pedir o indiciamento de aliados do governo Lula.

O relatório do colegiado deve ser apresentado até o dia 1º de setembro.

A intervenção do governo na comissão levou o comando da comissão a desistir de pedir sua prorrogação.

A expectativa era de que o relatório final de Salles seria rejeitado. No entanto, com a reviravolta desta semana, a possibilidade de um documento crítico ao governo Lula ser aprovado aumentou consideravelmente.

A CPI do MST foi a mais incômoda para o Palácio do Planalto nesta legislatura. A oposição expôs críticas de ex-militantes sem-terra e pressionou apoiadores do governo durante as sessões.

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